Derrotado em uma campanha duríssima e cheia de altos e baixos, o candidato do PSDB, Aécio Neves, se despede da disputa eleitoral de 2014 agradecendo a São Paulo pelo número de votos. No Estado, Aécio teve 64,31% dos votos contra 35,69% de Dilma Rousseff.
O candidato foi recebido em um hotel na região central de Belo Horizonte com gritos de “Aécio guerreiro, orgulho brasileiro”. Emocionado, Aécio disse: “Agradeço a todos brasileiros que apontaram o caminho da mudança e me permitiram voltar a sonhar e acreditar em um novo projeto.”
Aécio afirmou que havia telefonado para parabenizar a candidata Dilma Rousseff, reeleita presidente do Brasil, e que teria pedido para que a principal prioridade do segundo mandato seja unir o Brasil. “Cumprimentei agora há pouco por telefone a presidente reeleita e desejei a ela sucesso na condução do seu próximo governo. E ressaltei: considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros”, disse.
“Repito, para encerrar, mais uma vez o que disse São Paulo, que é o que retrata para mim de forma mais clara o sentimento que tenho hoje na minha alma e no meu coração: combati o bom combate, cumpri minha missão e guardei a fé. Deixo a campanha mais vivo do que nunca e mais sonhador do que nunca. Com o sentimento de que fizemos o nosso papel”, finalizou Aécio.
Apuração
A reeleição da presidente Dilma Rousseff se confirmou por volta das 20h30 da noite deste domingo (26), quando 98% dos válidos foram computados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dilma tinha por volta de 53 milhões de votos, cerca de 51,4%, contra 50 milhões de Aécio, 48,5%.
Com a vitória de Dilma Rousseff e os quatro anos a mais conquistados por ela, o PT vai somar quatro mandatos seguidos na Presidência, num total de 16 anos, a serem completados em 2018. O número é inédito. Nenhum partido ficou tanto tempo no comando do Brasil.
Disputa
Aécio teve uma votação no primeiro turno bastante acima do que apontavam as pesquisas e apareceu numericamente à frente de Dilma Rousseff nos primeiros levantamentos do segundo turno, em empate técnico dentro da margem de erro. Mas logo a presidente voltou a aparecer na frente, o que persistiu até a véspera da votação
Além de viradas dramáticas, a disputa deste ano ficará marcada pelos incansáveis ataques entre os principais candidatos e pela crescente radicalização na polarização PT x PSDB, que domina a corrida presidencial há 20 anos. (IG)
Por: Da Redação