A defesa do vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra, informou que protocolou na manhã desta segunda-feira (23) um pedido de exoneração de cargo de presidente da Ceasa Campinas. Demétrio Vilagra está na lista das 20 pessoas que tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes. Uma megaoperação da Corregedoria da Polícia Civil cumpriu 11 mandados de prisão, além de outros mandados de busca e apreensão na sexta-feira (20). Pelo Twitter (micro-blog), Vilagra disse que vai provar sua inocência e que pediu o afastamento do cargo da Ceasa.”Quero ficar totalmente livre para esclarecer inocência na Justiça”, disse postou ele nesta segunda-feira. A EPTV apurou que o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, deve exonerar os funcionários do primeiro escalão suspeitos de envolvimento em corrupção.
O vice-prefeito estava em férias na Espanha, e até o momento não retornou para o Brasil. Por isso, até o momento, é considerado foragido da Justiça. De acordo com o advogado Pedro Maciel, Demétrio Vilagra, o vice-prefeito deve voltar à Campinas nesta terça-feira (24).
Impeachment
A segunda-feira em Campinas também começa com foco no pedido de impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). A proposta, protocolada na sexta-feira pelo vereador Artur Orsi (PSDB), está prevista para ser votada na sessão desta segunda, com previsão de plenário lotado.
É necessário o voto favorável de metade mais um dos 33 vereadores para dar início ao processo que pode resultar na destituição do Dr Hélio. O prefeito optou pelo silêncio e o manteve no fim de semana.
Prazo de 90 dias
Se o pedido for aprovado, a Câmara tem prazo de 90 dias para analisar as provas e emitir o relatório final. Caso o resultado seja pela cassação, é necessário o voto favorável de dois terços da Câmara, o que significa 22 vereadores, para que o prefeito perca o mandato. Dr Hélio não é investigado pelas suspeitas de fraudes, mas a oposição sustenta que ele tem responsabilidade, porque é quem indica os integrantes do seu governo.
Fora do 2º DP
Os advogados da maioria dos presos, que estão em duas celas na cadeia anexa ao 2º Distrito Policial, já decidiram que vão recorrer para livrar seus clientes das grades. A defesa dos procurados também preparam recursos, para que os acusados sequer cheguem perto da cadeia.
Augusto Botelho, que defende o Aurélio Cance Júnior, diretor técnico da Sanasa, afirmou que vai apresentar nesta segunda-feira alguma medida na Justiça para libertar seu cliente, mas não especificou se opta pelo habeas corpus. Esta opção já foi feita pelo advogado Leo Luís de Moraes Matias Chagas, que representa os empresários Emerson Geraldo Oliveira e Maurício Manduca. Os dois estão foragidos, mas o advogado não sabe se vai apresentá-los antes da decisão da Justiça.
O advogado Marcelo Pellegrini, que representa o empresário Valdir Boscato, disse que esteve no sábado com o juiz Bernardes, mas não confirmou se entrará com algum recurso.
A defesa do empresário Luiz Arnaldo Pereira Maier entrou com pedido de habeas corpus no domingo (22) no plantão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), mas a solicitação foi negada.
Confira a lista dos presos e dos foragidos:
Presos
Alfredo Antunes – Empresário
Augusto Antunes – Empresário
Aurélio Cance Junior – Diretor Técnico da Sanasa
Gregório Wanderlei Cerveira – Empresário
Luiz Arnaldo Pereira Maier – Empresário
Marcelo de Figueiredo – Ex-diretor Comercial da Sanasa
João Carlos Gutierrez – Empresário
João Tomaz Pereira Júnior – Empresário
Ricardo Chimirri Candia – Ex-Diretor de Controle Urbano
Pedro Luis Ibrahin Hallack – Empresário
Emerson Geraldo de Oliveira – Empresário
Foragidos
Demétrio Vilagra – Vice-prefeito
Francisco de Lagos – Sec. de Comunicação de Campinas
Ivan Goretti de Deus – Empresário do ramo de eventos
Valdir Carlos Boscato – Ex-conselheiro da Sanasa
José Carlos Cepera – Empresário
Carlos Henrique Pinto – Sec. Segurança de Campinas
Maurício de Paulo Manduca – Empresário
Dalton dos Santos Avancini – Empresário
Gabriel Ibrahin Gutierrez – Empresário