No Brasil, é importante fazermos uma análise dos avanços conquistados pelos trabalhadores nos últimos 14 anos, a partir do governo do então presidente Lula, como o ganho real do salário mínimo, a ampliação das licenças maternidades e paternidade, além da regularização de várias profissões que não eram amparadas pela própria Constituição Brasileira e pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O maior exemplo foi a regularização do trabalho da empregada doméstica, que passou a ter os mesmos direitos e tratamento que outras categorias.
Todos estes avanços foram, sem dúvida, fundamentais na proteção e segurança do trabalhador, especialmente do assalariado. Tudo isso precisa ser ressaltado e valorizado, pois foram essas ações dos governos Lula e Dilma que mudaram a cara do Brasil, no sentido de expansão dos direitos do trabalhadores e da melhoria da qualidade de vida. Vários segmentos de trabalhadores passaram a ser reconhecidos e valorizados, como já acontecia com os servidores do judiciário, do legislativo e do executivo, por exemplo.
É claro que há ainda muitos direitos a serem conquistados e a luta dos trabalhadores, essencial para o desenvolvimento do nosso país, deve e tem que continuar.
Esse 1º de maio de 2.016 é simbólico e atípico, pois infelizmente, vivemos um momento crucial da conjuntura política brasileira, onde a democracia está na iminência de sofrer um golpe, tendo como consequência, a imposição de um grande retrocesso nos avanços trabalhistas conquistados nos últimos anos. Um governo ilegítimo, que não foi eleito pela vontade majoritária da população, pode assumir o comando do país, impondo uma pauta de mudanças das conquistas sociais e trabalhistas já garantidas na legislação atual. Se isto se confirmar, logicamente estaremos retrocedendo e apagando tudo aquilo que foi conquistado a duras penas pelos trabalhadores do nosso país .
Portanto, esse 1º de maio é sem dúvida, um momento de reflexão, de frisar que as conquistas vieram a partir de intensa luta travada por milhares de trabalhadores, que apesar de terem vivido difíceis momentos não se deixaram intimidar, mas é também um momento de pensar que temos menos a comemorar e muito a vigiar e a lutar para mantermos tudo aquilo que já conquistado.
Por: Amarildo Cruz
*Deputado Estadual, Fiscal Tributário Estadual, Advogado e Pós-graduado em Gestão Pública