Movimento nacional que vai contra o Projeto de Emenda Constitucional, PEC 241, que limita os gastos públicos no país, congelando investimentos em educação, saúde e segurança nos próximos 20 anos teve forte adesão em Corumbá. Hoje (11), centenas de pessoas, em maioria servidores públicos e apoiadores participam de protesto pelas principais ruas do centro da cidade.
Outros protestos, mais isolados e de menor proporção, já aconteceram nos últimos meses deste ano na cidade, a Polícia Civil realizou panfletagem em semáfaro da Frei Mariano no final de setembro e alunos e professores do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) percorreram ruas com cartazes e gritos de guerra, em outubro, revoltados com o teto dos gastos públicos proposto pelo governo federal, que segue sendo aprovado na câmara e no senado.
Os manifestantes estão revoltados com o corte de investimento em áreas consideradas essenciais para a população. Para a Polícia Civil, se aprovada a PEC 241 e a PLP 54 e 204, toda a classe de servidores públicos será prejudicada, pois os projetos em discussão no Senado Federal buscam privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS), terceirizar a educação pública, diminuir os direitos trabalhistas e reduzir os direitos previdenciários.
Israel Leite Bogarim, diretor adjunto do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), explica que, no nível estadual, os Policiais Civis estão com defasagem salarial, precariedade de viaturas e de materiais para investigações criminais. Além da interrogação quanto à continuidade do sistema SIGO, que ficou paralisado por mais de dois meses este ano e retornou após governo negociar a dívida de R$ 1,7 milhão para R$ 760 mil, porém na última semana, novas informações indicaram que o compromisso de pagamento das parcelas foi quebrado, e isso pode gerar em um novo bloqueio do sistema.
Professora do IFMS, Giane Moura, afirma que a PEC 241 altera a forma de financiamento educacional, extinguindo os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) que é destinado a educação, e tira a obrigação dos 18% garantido na constituição federal. “O governo federal quer inserir uma medida provisória para fazer a reforma do ensino médio, que precisa de investimento, e ao mesmo tempo propõe uma PEC que corta os recursos da educação, isso gera um congelamento de 20 anos”, protesta a professora da instituição. (Capital do Pantanal)
Por: Da Redação