A manutenção da 18ª Brigada de Infantaria e da 18ª Companhia de Comunicações do Exército em Corumbá, em Mato Grosso do Sul, foi o tema da audiência que senadores e o prefeito corumbaense, Paulo Duarte, mantiveram nesta quarta-feira (22) com o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
“A notícia de que os contingentes podem ser desativados pegou o município de surpresa, deixando a população extremamente preocupada”, revelou o prefeito Paulo Duarte, que chama a atenção para a grande extensão territorial de Corumbá, a segurança na fronteira e o significado histórico da presença do Exército no município.
Na condição de coordenador da bancada sul-mato-grossense, o senador Waldemir Moka (PMDB) explicou ao ministro Jungmann a importância da manutenção daqueles contingentes em Corumbá. De acordo com Moka, é fundamental que, para a tomada de uma decisão desse porte, seja levada em consideração a segurança da fronteira.
Paulo Duarte explicou que há cerca de dois anos o Exército lhe havia solicitado uma área maior para a expansão geográfica dos contingentes militares. “Nós, inclusive, providenciamos a nova área, devida e legalmente, e, agora, somos surpreendidos com a notícia de que os contingentes serão desativados”, lamentou o prefeito.
A senadora Simone Tebet (PMDB) destacou ao ministro a necessidade de manutenção das referidas unidades do Exército em Corumbá: “O município tem importância estratégica para o Brasil, mesmo, muito além da questão específica do Mato Grosso do Sul, e a presença do Exército, no local, empresta indispensável sensação de segurança à fronteira”.
Na opinião do senador Pedro Chaves, “Corumbá é uma fronteira seca, extremamente perigosa, se constituindo em porta de entrada do tráfico de drogas, daí a necessidade extrema de manutenção das guarnições do Exército, no município, justamente o que viemos pedir ao ministro da Defesa”.
“Nenhuma decisão será tomada a respeito da desativação das guarnições do Exército em Corumbá sem que nova conversa aconteça com os senhores senadores e deputados federais de Mato Grosso do Sul”, afirmou o titular da Defesa.
Ao deixar a reunião, o senador Moka considerou “essencial que o ministro Jungmann haja firmado o compromisso de que nenhuma decisão será tomada sem que a bancada e o prefeito sejam ouvidos, garantindo, ainda, que ele, o ministro, se considerava muito sensível à reivindicação do Mato Grosso do Sul”.
Participaram da audiência, além de Moka, os senadores Pedro Chaves (PSC) e Simone Tebet (PMDB). O deputado federal Dagoberto (PDT) se fez representar por sua assessoria, em virtude da impossibilidade de comparecer pessoalmente. O ministro Jungmann estava acompanhado de assessor parlamentar vinculado ao Exército.
Por: Da Redação