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Ordem para queimar ônibus nas ruas da Capital saiu do presídio, diz polícia

 

A ação de criminosos que resultou no incêndio de dois ônibus em Campo Grande, no Jardim Aero Rancho e no Jardim Campo Nobre, na madrugada desta quinta-feira (14), foi comandada por um interno do Presídio de Segurança Máxima da Capital. A ação foi um ato de repúdio dos criminosos à vistoria feita na penitenciária por agentes na tarde de quarta-feira (13).

O subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Francisco Assis Ovelar, e o comandante do Batalhão de Choque, coronel Marcos Paulo Gimenez, comentaram o caso com a imprensa na manhã desta quinta-feira. Segundo o comandante do Choque, foram presos Jean Pierre, de 38 anos, o filho dele Adryan Pierre Vieira Romero, de 18 anos, e Jeferson Ricardo de Oliveira, de 20 anos. Também foram apreendidos dois adolescentes, de 15 e 16 anos e a namorada de Adryan, de 14 anos.

Ainda conforme o comandante, o Batalhão de Choque iniciou a busca pelos suspeitos após conversar com o motorista do ônibus incendiado na Rua Expedicionário Alcindo Jardim Chagas. A partir da características dos suspeitos, os militares chegaram a um dos adolescentes, que pilotava a motocicleta Twister prata. O jovem foi apreendido e, a partir dele, os outros envolvidos foram localizados na região do Parque do Lageado, São Conrado e Jardim Centenário, a sul e sudoeste da Capital. O pai de Adryan não teve participação direta no crime, mas foi detido porque os policiais encontraram tabletes de maconha na casa dele.

O coronel Marcos Paulo confirmou que um ‘líder’, interno do presídio, manteve contato com outro mandante do grupo que já foi identificado pela polícia, mas ainda não foi preso. Esse mandante então juntou o grupo de criminosos e coordenou os ataques aos ônibus. Segundo o subcomandante-geral Ovelar, a partir de agora equipes de inteligência da Polícia Militar estão a campo para detectar possíveis novos ataques ou até mesmo ameaças.

Para ele, as ações criminosas que ocorreram na cidade durante a madrugada foram uma surpresa, pelo fato da vistoria no presídio se tratar de um treinamento e uma ação de rotina. A Polícia Militar faz agora trabalho preventivo, visando as manifestações que podem ocorrer no próximo domingo, por conta da votação do processo de impeachment. “Teremos mais policiais nas ruas, para coibir possíveis distúrbios”, afirma Ovelar. (Midiamax)

 

Por: Da Redação