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Caso Marielly: Polícia faz nova busca na casa enfermeiro e apreende macas e celular

 

A Polícia Civil fez na manhã desta quarta-feira nova busca na casa do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, em Sidrolândia, e apreendeu o celular dele e duas macas que, segundo ele, eram utilizadas para massagens.

Jodimar é suspeito de ter feito o aborto em Marielly Rodrigues, causando a morte dela. A jovem, que morava em Campo Grande, desapareceu no dia 21 de maio e o corpo dela foi encontrado 20 dias depois em um canavial de Sidrolândia.

O suspeito teve a prisão temporária decretada nessa terça-feira e hoje pela manhã se apresentou à Polícia. Na delegacia, bastante calmo, repetiu diversas vezes à imprensa que não tem envolvimento com o caso, não conhece Marielly e nem ninguém ligado a ela e não sabe o motivo de terem relacionado ele ao crime.

Disse ainda que se apresentou porque quer que o caso seja esclarecido rapidamente e condenou a prática de aborto. “Quem faz este tipo de coisa precisa ter um julgamento, principalmente de Deus”, declarou.

Demonstrando tranquilidade, falou: “Tenho certeza que a minha inocência vai aparecer”. Questionado se moradores próximos à casa dele poderiam estar envolvidos com a morte de Marielly, Jodimar respondeu que “não prestava atenção na vida dos vizinhos”.

Jodimar apresentou diploma da conclusão de curso de graduação em Enfermagem, pela Universidade Nove de Julho, em São Paulo, em 2008. Ele diz que é de Sidrolândia, mas foi para a capital paulista para estudar.

Ficou no município até aproximadamente um ano após o fim da faculdade. Não conseguiu emprego, trabalhou em salões de beleza e voltou para a cidade natal.

Jodimar mostrou o bilhete da passagem da data em que chegou em Sidrolândia: 5 de maio. Desde então trabalha no salão de beleza que montou e declarou que nunca fez serviços em sua área de formação, apenas algumas aferições de pressão.

Sobre os instrumentos cirúrgicos e medicamentos apreendidos na casa dele, em junho, Jodimar justifica dizendo que eram utilizados para podologia. Nenhum dos medicamentos eram exclusivos de uso abortivo.

O advogado do enfermeiro Davi Olindo, declarou que acredita na inocência de seu cliente, pois ele não conhece ninguém da família de Marielly, que não há provas contra Jodimar e que uma denúncia anônima levou a Polícia até o suspeito.

“Essa denúncia pode ter saído de quem praticou o crime para não ser incriminado ou de qualquer outra pessoa que queria acusar o Jodimar”.

Cunhado

Além de Jodimar, a Justiça determinou a prisão por 30 dias de Hugleice da Silva, cunhado de Marielly. Ele é casado com a irmã da jovem.

Policiais foram até a casa dele, no Jardim Petrópolis, mas não o encontraram. O advogado dele, José Roberto Rodrigues da Rosa, esteve na Delegacia Especializada de Crimes de Homicídios e falou que Hugleice irá se apresentar nesta quinta-feira. (CG News)

 

Por: Da Redação