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Decretada prisão de cunhado de jovem encontrada morta em MS

 

A juíza da 1ª Vara de Sidrolândia, Sílvia Eliane Tedardi da Silva, decretou a prisão temporária do suposto técnico de enfermagem Jodimar Ximenes Gomes e Hugleice da Silva, cunhado de Marielly Barbosa Rodrigues. Ambos são suspeitos de envolvimento na morte da jovem, que ficou desaparecida por 21 dias e teve o corpo encontrado no dia 11 de junho. A perícia indicou que a causa mais provável seria um aborto malsucedido.

Segundo dados no sistema do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), a Delegacia de Homicídios (DEH) formulou os pedidos de prisão temporária. As solicitações foram protocoladas na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande no dia 8 de julho e, no mesmo dia, remetido à comarca de Sidrolândia, já que Marielly foi encontrada nesse município.

Também foi pedida a quebra do sigilo telefônico dos dois envolvidos.

A investigação ainda não foi encerrada e depende dos dados que podem ser obtidos na quebra de sigilo telefônico. O delegado Fabiano Nagata, da delegacia de Homicídios, não quis comentar os pedidos de prisão temporária.

O advogado Davi Moura Olindo, que representa Jodimar Ximenes Gomes, disse que o cliente foi indiciado. Suspeito de ter praticado o aborto que teria matado a estudante, nega, segundo o advogado, qualquer envolvimento no crime.

No dia 29 de junho, o delegado Fabiano Nagata, em cumprimento a mandado de busca e apreensão, recolheu uma caixa de metal da casa de Gomes com diversos materiais, como tesouras, espátulas, pinças, seringas, agulhas e uma caixa de primeiros socorros. Em entrevista ao G1, Nagata havia dito que o homem trabalha como enfermeiro em Sidrolândia.

Segundo o advogado, Gomes disse que os produtos apreendidos seriam itens usados no trabalho de manicure e pedicure, a atividade profissional que o suspeito exerceria em Sidrolândia além da função de técnico de enfermagem, de acordo com o advogado. Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren/MS) do estado, havia divulgado que Gomes não teria registro oficial ou cadastro, nem como técnico, nem como enfermeiro

Cunhado

Em entrevista, Hugleice da Silva negou qualquer envolvimento na morte de Marielly e não sabia do pedido de prisão. “Até o presente momento não estou sabendo de nada, não devo nada, estou completamente tranquilo”. Silva disse estar surpreso com o pedido que teria partido da Polícia Civil. “É engraçado fazer um pedido de prisão, estou em Campo Grande, tenho residência fixa e a polícia tem todos os meus contatos”. A família de Marielly havia viajado para Mato Grosso, onde o corpo foi sepultado e voltou na última semana. (G1-MS)

 

Por: Da Redação