O senador Moka, ao participar nesta quinta-feira, 29, de audiência pública conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia e Assuntos Sociais, do Senado Federal, defendeu urgência nos estudos sobre a fosfoetanolamina, também conhecida como a “pílula do câncer”.
Solicitada pelo senador Ivo Cassol (PP-RO), a audiência ouviu o pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, doutor em Química pela Universidade de São Paulo – USP, e diversos membros de sua equipe, que desenvolveram a pesquisa sobre a nova substância.
Durante a audiência também foram ouvidos relatos de pessoas portadoras da doença, a exemplo de Bernadete Cioffi, que revelaram os avanços alcançados, em seus próprios casos, por conta da utilização da droga.
Também participaram da audiência o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa da Silva Júnior, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Adriano Massuda.
A fosfoetanolamina ganhou o noticiário nacional depois de ter sido apontada como revolucionária no tratamento do câncer, apesar de especialistas alegarem a necessidade de maiores estudos e testes clínicos.
Durante a audiência pública, no entanto, os pesquisadores, vinculados à USP, apresentaram filmes e slides sobre casos de sucesso no emprego da substância no tratamento do câncer em animais, mas, também, em humanos.
A questão virou caso de Justiça depois que pacientes ganharam liminares para que a Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos — instituição responsável pelas pesquisas — distribuísse a fosfoetanolamina em cápsulas.
Coincidindo com a audiência, o Ministério da Saúde informou, na tarde desta quinta-feira, 29, que, amanhã, sexta-feira, 30, estará publicando, no Diário Oficial, portaria criando comissão especial para estudar o tema, com prazo de 60 dias para a apresentação de resultado.
“Temos de colocar um fim nessa celeuma. Precisamos dar uma resposta para a sociedade. Nas redes sociais, não se fala em outra coisa”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, segundo o jornal Estado de São Paulo, em sua versão online.
Para o senador Moka, a medida anunciada pelo Ministério da Saúde revela a importância da audiência no Senado. Na opinião do parlamentar, quanto antes a questão da nova substância contra o câncer for solucionada, tanto melhor para quem precisa dela.
Por: Da Redação