Corumbá está entre as 34 cidades estratégicas para o desenvolvimento do Turismo no país e que deverá receber incentivos do Programa de Aviação Regional da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República. Os destinos, contemplados pela Política Nacional de Turismo, foram selecionados em parceria com o Ministério do Turismo e contemplam regiões fora das capitais.
Alinhada com a política Federal, a Prefeitura Municipal de Corumbá também já articula meios de fortalecer a atividade do transporte aéreo na região, segundo adiantou o prefeito Paulo Duarte. “A partir de agosto, passaremos a ter a linha São Paulo-Campinas-Corumbá que para o Turismo é algo importante, mas, ao mesmo tempo, estamos trabalhando para manter a rota Corumbá-Campo Grande/Campo Grande-Corumbá até porque ela também é importante. Vamos trabalhar através dessa política nacional de incentivo à aviação regional”, disse.
Duarte comentou que já iniciou tratativas na esfera Federal para extinguir o problema da inconstante permanência de empresas aéreas que atuam com rotas que incluem o município. “Já fiz contato na Secretaria de Aviação Civil, com o próprio ministro Eliseu Padilha, que é o ministro da Aviação Civil para buscar que Corumbá possa, efetivamente, através desse projeto, possibilitar que, além da linha São Paulo-Corumbá, também a linha Corumbá-Campo Grande seja viável, pois é muito importante não apenas para o Turismo e para o setor comercial e industrial, mas para a população em si”, avaliou.
O chefe do Executivo analisou ainda que as ações do Programa de Aviação Regional da Secretaria de Aviação Civil no Aeroporto Internacional de Corumbá ajudarão a mantê-lo como um dos mais bem equipados fora da Capital do Estado. “O nosso Aeroporto, que quase se equipara em Campo Grande em termos de pista, é melhor que todos os outros municípios do Estado em disparado. Temos que aproveitar essa infraestrutura dando a oportunidade de ter voos também para Campo Grande”, reforçou.
O investimento do governo federal, que totaliza R$ 7,3 bilhões, vai tornar o turismo mais acessível para os brasileiros. De acordo com a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, o Programa de Aviação Regional trabalha para diminuir a distância entre destino e visitante. Por meio do investimento em 270 terminais aeroportuários, 96% da população estará a 100 quilômetros de um aeroporto, no máximo.
Segundo Hélènemarie Dias Fernandes, diretora-presidente da Fundação de Turismo do Pantanal, os incentivos do Programa de Desenvolvimento da Aviação surgem como uma possibilidade de solucionar o “fantasma” da insegurança da permanência de empresas e rotas aéreas que incluem Corumbá, pois prevê ainda subsídios em compras de assentos nas viagens regionalizadas.
“O Programa de Desenvolvimento da Aviação é fantástico porque nos dá as possibilidades, um cenário extremamente possível, não sei se curto, médio ou longo prazo, de estarmos incentivados com novas rotas, novas companhias aéreas dentro de Corumbá, sem o fantasma do medo de tirar a aeronave de Corumbá. Com a vinda dos incentivos do Programa, o Governo Federal cria incentivos para as companhias aéreas diminuindo as várias taxas que eles tem que pagar, inclusive subsidiando assentos na aeronave que pode totalizar até 50% dos lugares”, comentou ao lembrar que o programa-piloto já começará a ser desenvolvido na Amazônia.
Segundo o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, o turismo foi um dos principais motivos para o desenvolvimento do Programa. “Queremos garantir a expansão da malha para integração do território nacional, desenvolvimento dos polos regionais, fortalecimento dos centros de turismo e a garantia do acesso das comunidades isoladas à saúde e inclusão social”, explicou.
Para o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, “o desafio é aprimorar a malha aérea para ampliar a mobilidade dos visitantes e a integração de roteiros no país”. O Brasil já é o terceiro mercado do mundo em aviação doméstica comercial, segundo a Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês).
Por: Da Redação