A experiência falou mais alto e a seleção nove vezes campeã da Liga Mundial bateu os jovens argentinos, equipe composta por jogadores que ascenderam da base do país e surpreendeu no campeonato. O placar final de três sets a zero não faz jus à tensão da partida, que teve parciais de 25/22, 42/40 e 25/23. Com a vitória, o Brasil avança para a final e enfrenta a Rússia, que venceu a Polônia por 3 sets a 1 neste sábado.
Veteranos como o capitão Giba, o ponta Murilo e o levantador Bruno foram essenciais para a vitória, mas o oposto de rede Théo foi o nome que mais brilhou na partida, como o maior pontuador. Do lado argentino, como já era esperado, o jovem Conte, de 21 anos, foi quem deu mais trabalho para o Brasil – e quem mais pontuou para sua equipe.
Apesar dos muitos erros de saque, o ataque brasileiro conseguiu superar o estruturado bloqueio dos argentinos e a experiência da equipe fez diferença principalmente no segundo set, que durou mais de meia hora e terminou em 42 a 40.
Giba mandou saques na rede, mas também virou as bolas que recebeu, Murilo manteve uma consistência no passe e, quando a primeira bola não vinha da maneira ideal, Bruno conseguia não só concertar, mas também distribuir bem o ataque brasileiro. Nos três sets, o oposto Théo apareceu como atacante principal e com o menor número de erros. O jogador conseguiu explorar bem o bloqueio ou fugir dele, conforme a necessidade.
O set final foi mais rápido e o Brasil já começou com um ponto de vantagem por conta do cartão amarelo levado pelo técnico argentino, que reclamou em excesso dos erros dos árbitros, mas os brasileiros também erraram muito e deixaram a Argentina se aproximar mais de uma vez. O Brasil abriu uma vantagem, perdeu a oportunidade de fechar antes a partida, mas, mesmo com os muitos erros de arbitragem e com Serginho jogando sentindo uma lesão na virilha, fechou em 25 a 23, com dois pontos de Lucão (o último de bloqueio).
Os argentinos chegaram a uma posição histórica na Liga Mundial. Sua melhor colocação, até agora, havia sido a quinta, mas com o jogo da semifinal a seleção que tem uma média de idade de 24 anos já garante ao menos a quarta colocação. Com saques firmes, pontos de bloqueio importantes de De Secco e ataques constantes da estrela do time Conte, além das boas performances de Quiroga e Sole, a equipe comandada pelo ídolo argentino Javier Weber impôs um jogo difícil aos brasileiros.
A partida foi acompanhada de perto pelo técnico da Polônia, Andrea Anastasi. Depois do jogo do Brasil, a seleção da casa perdeu contra os russos a outra semifinal da Liga. Com a vitória, a Rússia pega os brasileiros, que estão em busca do decacampeonato, na final neste domingo às 15h. O histórico favorece a a seleção brasileira, que venceu a os russos nas finais da Liga Mundial em 1993, 2007 e 2010. (IG)
Por: Da Redação