Na última quinta-feira, 19 de março, o prefeito Paulo Duarte enviou para a Câmara de Vereadores um Projeto de Lei para diminuir o aumento na tarifa do transporte coletivo urbano de Corumbá. No início do mês, a empresa concessionária propôs à Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat) um valor de R$ 3,04 na passagem urbana.
Para reduzir esse valor sem afetar a qualidade do serviço oferecido à população, o prefeito pretende isentar a concessionária do pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e da Taxa de Administração do Transporte Público. Com a medida, a tarifa chegaria a R$ 2,80, uma redução de quase 8% no valor apresentado inicialmente.
“O projeto foi apresentado à Câmara em regime de urgência e deve ser colocado em pauta entre hoje e amanhã”, afirmou o secretário municipal de Governo, Márcio Cavasana. “O objetivo do prefeito é diminuir o máximo possível o impacto no bolso do usuário do transporte coletivo, sem também inviabilizar o funcionamento da empresa”, completou.
O secretário lembrou ainda que a pouco mais de um ano, a situação no transporte coletivo de Corumbá era caótica. “A cidade corria sério risco de não ter mais este serviço essencial aqui. Foi preciso fazer uma intervenção na empresa para evitar uma situação ainda pior”, relembrou. “Hoje a realidade é outra. Melhorou e melhorou muito”, finalizou Cavasana.
De acordo com o diretor-presidente da Agetrat, Alexandre Taques Vasconcelos, a concessionária já havia solicitado o aumento na tarifa em novembro do ano passado, quando começou a operar. “O prefeito não aceitou este pedido até que os novos ônibus estivessem funcionando plenamente e o serviço estivesse consolidado na região”, detalhou.
Alexandre ressaltou ainda a existência das gratuidades, fator que interfere diretamente no preço da passagem. “Hoje temos 1600 alunos, 3 mil idosos e 800 acompanhantes que andam de ônibus sem pagar passagem. Além disso, o último aumento na tarifa ocorreu em 2011. De lá pra cá subiu o valor do diesel, do salário mínimo e de vários outros insumos. Tudo isso interfere no preço”, ponderou.
O diretor-presidente da Agetrat reforçou também que o trabalho de fiscalização no transporte coletivo continua sendo feito, assim como em todos os demais aspectos do serviço. “Fizemos um levantamento de todos os pontos de ônibus da cidade. Sabemos a real situação de todos e estamos buscando alternativa para melhorá-los”, finalizou.
Depois de aprovado pelo Legislativo, o Projeto de Lei precisa ser sancionado pelo prefeito para entrar em vigor. A estimativa é de que a nova tarifa comece a valer a partir do próximo dia 27 de março.
Por: Da Redação