O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) defendeu ontem (segunda-feira) o fim do sistema proporcional para eleição de deputado federal, deputado estadual e vereador. Em aparte a discurso do senador Blairo Maggi (PR-MT), o parlamentar sul-mato-grossense afirmou que a eleição proporcional provoca distorções na disputa desses cargos.
Moka citou o caso do ex-deputado Fábio Trad (sem partido), que obteve mais votos do que outros três deputados federais eleitos por Mato Grosso do Sul nas eleições de 2014. Se fosse pelo sistema majoritário, de acordo com o senador, Trad teria sido eleito como o sexto mais votado. “É uma distorção que precisa ser corrigida na reforma política”, defendeu.
O parlamentar disse que tornou comum partido de menor expressão indicar celebridade para disputar cargo político para garantir mais vagas pela distribuição do quociente eleitoral. “Com votação expressivas dessa figura pública, a legenda acaba elegendo candidatos com 500, 300 e até 200 votos, quando outros candidatos tiveram 10 mil votos, por exemplo”, afirmou.
Moka explica que essas distorções acabam também influenciando muitos pretensos candidatos no momento de se filiar a uma agremiação política. Segundo ele, a escolha não é feita por ideologia ou por preferência partidária, mas pelo partido em que poderá ser eleito com menos votos.
Por: Da Redação