Os cinco candidatos que compareceram ao debate na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (10) trocaram farpas, mas aproveitaram o espaço, que até o momento é o único aberto para os candidatos ao Senado para discutirem propostas e mostrar seus planos para a corrida eleitoral.
Com o tema Educação, muitos chegaram com respostas e perguntas prontas sobre o tema e outros foram pegos de surpresa pelos questionamentos feitos pelos dirigentes sindicais. No primeiro bloco, quando os candidatos deveriam dizer por que querem se tornar senadores, a maioria usou o espaço para falar das suas propostas e sequer respondeu a pergunta.
A maior troca de farpas aconteceu entre os candidatos que aparecem com maiores pontuações nas pesquisas, Simone Tebet (PMDB) e Alcides Bernal (PP). Na oportunidade que teve para realizar pergunta a quem quisesse, a candidata questionou Bernal sobre as metas da educação.
Como resposta, ouviu acusações de Bernal direcionadas a André Puccinelli e ao PMDB, afirmando que o grupo político beneficia empreiteiras com obras em escolas ao invés de priorizar melhorias para professores e alunos. A candidata ignorou a acusação na tréplica e disse que conhecer as metas para melhorá-las é fundamental.
Na sua vez de perguntar, Bernal questionou Simone sobre o plebiscito feito para federalizar a educação básica no Brasil. Simone disse que respeita o plebiscito, mas que acredita que o problema da educação está no ensino médio. “Respeito a opinião popular”, foi a deixa da candidata para Bernal fazer novo discurso sobre o “golpe político”.
“Vejam vocês. A candidata do PMDB diz que respeita a opinião popular, exatamente o que o PMDB não fez quando a população me elegeu prefeito e eles me tiraram do cargo”, disparou.
Valdemir do PSTU defendeu a todo o momento a estatização da educação e fim das universidades privadas. Lucien Rezende (Psol) atacou em dois momentos o candidato Antonio João (PSD) que faltou ao debate.
“Lamento a falta de um candidato e quero dizer que é fácil fazer política de dentro do cafofo, mas colocar a cara aqui para os profissionais da Educação não é fácil. Quero estar junto com vocês quando o governador os chamar de vagabundos”, destacou na apresentação. Nas considerações finais, chamou de covardia a falta do candidato.
Ricardo Ayache (PT) com a maior torcida na platéia, composta por muitos petistas, destacou a importância da aplicação de recursos federais na área e destacou que o governo do PMDB fez menos pela Educação do que o governo do PT fez pelo país. Também foi bandeira do seu discurso a saúde, com exemplos de gestão apresentados ao se remeter aos seus feitos durante gestor de plano de saúde.
Todos os candidatos defenderam um projeto melhor para o reajuste do piso salarial dos professores, que atualemnte prevê somente o reajuste inflacionário segundo projeto de lei que ainda tramita no congresso federal. (Midiamax)
Por: Da Redação