Com apoio da Prefeitura de Ladário através da Fundação de Cultura, o Teatro Imaginário Maracangalha já se prepara para as apresentações deste final de semana, em Ladário. O espetáculo será realizado na Avenida 14 de março, sem restrição de público.
É a primeira vez que o Teatro Imaginário Maracangalha se apresenta em Ladário. Contemplado com o Prêmio Arte nas Ruas, da Funarte/Ministério da Cultura, está com o projeto Na Rua sem Fronteira, circulando, neste mês de julho, pelos municípios que fazem fronteira com a Bolívia e o Paraguai.
Aqui no município, o espetáculo acontecerá no sábado (05), às 08h, na Avenida 14 de março, nas proximidades da feira, com a apresentação da peça “Areôtorare”, e no domingo (06), às 20h, também na Avenida 14 de março, nas proximidades do Coreto da Praça 2 de setembro, com a apresentação da peça “Tekoha”.
“A realização de atividades culturais na rua facilita o acesso ao público, e é essa viabilidade que estamos buscando nos nossos últimos espetáculos. Trabalhar desta forma é bem envolvente, pois o público realmente marca presença. O resultado das nossas últimas atividades culturais a céu aberto foi muito positivo. A população está nos dando retorno”, explicou a diretora-presidente de Cultura, Wanessa Rodrigues.
O Grupo
O Grupo Teatro Imaginário Maracangalha atua desde 2006 em Campo Grande/MS. Trabalha com pesquisa em teatro de rua e espaços não convencionais para encenação numa perspectiva crítica e provocadora, ampliando o conceito de acesso às artes cênicas.
Ao longo destes anos, a trupe participa ativamente de vários festivais, circuitos e mostras com espetáculos, performances, cortejos e oficinas. O grupo ainda faz parte da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), discutindo estéticas e políticas públicas para arte pública em espaços abertos.
O grupo é formado por 17 integrantes divididos em direção, produção, atuação, design gráfico, música, palhaço e cozinheira e assessoria de imprensa.
Peça “Areôtorare – O verbo negro e o bororo do Índio Profeta”
O espetáculo de rua revisita as obras “Areotorare” (1935) e “Sorobá” (1936), do escritor modernista Lobivar Matos, nascido em Corumbá, e aborda as relações humanas e sociais do seu tempo. Desta forma, questões como desigualdade, preconceito e desenvolvimento econômico são desveladas sob a ótica dos trabalhadores, índios e negros que até hoje “refletem os anseios, as revoltas, as durezas amargas da época e do meio em que vivem”.
Peça “Tekoha – Ritual de vida e morte do Deus Pequeno”
O espetáculo narra a trajetória do líder guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nove ao espetáculo, “Tekoha”, tem um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito, costume. “Tekoha”, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem o seu modo de ser.
Por: Da Redação