A Prefeitura de Corumbá está intensificando as ações de fiscalização para combater o despejo de água servido direto nas vias públicas que, além de doenças, causam prejuízos aos cofres públicos. O trabalho foi reforçado esta semana na região da Nova Corumbá, em especial na Rua Cyríaco de Toledo e transversais, diante da constatação de que boa parte dos moradores continuam despejando este tipo de material diretamente nas ruas do bairro.
“Quando o prefeito Paulo Duarte decidiu inserir a Cyríaco de Toledo na primeira etapa do programa de recapeamento das vias urbanas da cidade, uma preocupação foi justamente esta, o despejo de água servida nas ruas. Por orientação dele, a nossa equipe de fiscalização de posturas realizou uma intensa campanha na região, orientando os moradores a utilizar a rede coletora de esgoto já implantada no local. Infelizmente ainda existem pessoas que estão despejando direto na via pública que está sendo recapeada”, informou o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Gerson Melo.
O secretário comentou que esta semana, após constatação de que a água servida de muitos imóveis na região ainda estava indo direto para a via pública, deslocou uma equipe de fiscais para o bairro, para detectar os responsáveis, notificando-os. “É uma questão de saúde pública e também de prejuízos aos cofres públicos. Estamos recapeando a Cyríaco e a água servida, se continuar sendo despejada como acontece hoje, vai danificar o pavimento. Vai ser dinheiro jogado fora”, continuou.
“Quando uma residência ou um estabelecimento comercial é construído sem um planejamento adequado, toda a água da lavagens de carros, garagens e quintais, de pia da cozinha, de máquinas de lavar roupas, é despejada direto na rua. Isto traz inúmeros transtornos para vizinhos e para a cidade. A água servida possui componentes químicos como sabão, óleo, detergentes e alvejantes, que danificam o asfalto, diminuindo a vida útil do pavimento. Isso ocorre quando a água penetra na massa asfáltica provocando a ruptura do asfalto”, explicou Gerson Melo.
Ele observa ainda que o despejo de água servido é um dos motivos do excesso de buraco em ruas pavimentadas. “Isto acontece quando a água servida é despejada em regiões de declínio, descida. Ela ganha mais força, penetra em algumas rachaduras sob o asfalto e arrasta a terra que serve como base para a pavimentação. O resultado disso é um terreno instável, sujeito a mais buracos”.
Para resolve problemas como este, o secretário orienta a população, especialmente da região da Nova Corumbá, a canalizar a água servida direto à rede coletora de esgoto, ou mesmo interliga-la a uma fossa séptica, caso a região ainda não tenha sido contemplada com o esgoto.
E ressalta que, além dos prejuízos ao pavimento asfáltico, despejo de água servida direto em vias público aumenta os riscos de doenças. “Acumulada nas sarjetas, a água parada se transforma em criadouro para o mosquito da dengue, além de contribuir para a proliferação de bactérias que, em contato com humanos, podem causar doenças como diarreia, cólera, leptospirose e até hepatite”, reforça, lembrando que os fiscais estão vistoriando e notificando os responsáveis pelo despejo de água servida direto em vias públicas, e que isto pode gerar multas e outras penalidades.
Por: Da Redação