Ladário

Ladário: Dia de Finados foi marcado por lembranças, orações e tristezas

Prefeitura de Ladário realizou limpeza no cemitério para o Dia de Fiandos

 

Prefeitura de Ladário realizou limpeza no cemitério para o Dia de Fiandos

O sentimento de saudade, junto com ele o da dor de há muito ou pouco tempo ter deixado o corpo do ente querido no cemitério estão concentrados em apenas um local, neste sábado (2), não somente em Ladário, mas em todo país, por causa do Dia dos Finados.

A data é uma tradição religiosa de culto à memória daqueles que já se foram, o cemitério da Pérola do Pantanal se tornou espaço de muita emoção e saudosismo. O local recebeu muitos familiares e amigos para homenagear os entes queridos já mortos.

Logo cedo, na área central do cemitério, membros da Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios realizaram uma missa campal, que reuniu dezenas de pessoas.

Com flores e velas, os parentes e amigos chegavam ao cemitério para seu momento de oração. O movimento foi intenso até o início da noite, por conta do horário de verão.
Na calçada vários vendedores ambulantes se apressavam para vender velas, flores ou mesmo lanches. Quem vendia água ou refrigerante se deu bem, já que o calor ultrapassava 30ºC.

Dentro do local, muita gente conversava de forma descontraída mesmo quando o assunto era o finado de algum túmulo. Alguns diziam que falar das coisas boas e alegres que fizeram parte da vida do parente morto faz bem a alma dele. Outros apenas olhavam em silêncio para as fotos ou identificação das lápides. Orações individuais ou em grupo nas capelas também eram vistas por todos os lados.

Várias pessoas acenderam velas na Cruz Grande, local mais conhecido como Ossuário

Na chamada Cruz Grande ou Ossuário, onde as pessoas costumam orar por aqueles que estão sepultados em outros lugares, o calor do sol parecia ainda mais forte por causas inúmeras velas acesas, mesmo estando sombreada por uma árvore muito grande.

Apesar de ser um dia de homenagens, a tristeza acompanhou muita gente no cemitério desde a entrada até a saída. A ausência de quem foi muito especial abre feridas que nem mesmo o tempo cicatriza por completo.

Finados é um dos dias mais emblemáticos de todo calendário civil e religioso, dia de sentimento de perda e de saudade, de recolhimento, de silêncio e oração, dia de esperança e de fé na ressurreição dos mortos.

Histórico

A tradição de finados é comum na Igreja Católica desde o século V, mas foi popularizada em 998, na França, quando um abade do mosteiro de Cluny ordenou que os monges orassem pelos mortos. O dia é comemorado no mundo todo, variando apenas na forma de celebração.

Em 1311, Roma incluiu, definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para celebrar “Todos os Finados”. Somente no inicio do século XX, em 1915, quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade, devido a I Guerra Mundial, o papa Bento XIV oficiou o decreto para que os sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para Todos os Finados.

 

Por: Domingos S. de Arruda