Ladário

Ladário é a primeira cidade de pequeno porte a implantar o Núcleo de Prevenção a Violência

Prefeito José Antonio destaca a importência ...

 

Prefeito José Antonio destaca a importância do Protocolo de Atenção

Ladário passou a fazer parte do Protocolo de Atenção às Vítimas de Violência a partir da assinatura do documento que reforça o serviço de acolhimento, atendimento e direcionamento às vítimas de todo tipo de violência no município. O ato aconteceu no Clube Marisco, anexo ao 6º Distrito Naval, nesta segunda-feira (7).

De acordo com o Secretário de Saúde, Cléber Colleone, em 2012, Ladário registrou 174 notificações de casos de violência, sendo que destas, 150 foram confirmadas. Até setembro de 2013, foram 111 notificações, o que é considerado um número elevado.

“É nossa obrigação estimular essa vítima a denunciar, pois, nossa luta é contra a violência, é dar segurança e qualidade de vida à população”, disse o secretário.

Durante a abertura além da discussão sobre a importância da implantação do protocolo de atenção às vitimas foi apresentado também o fluxograma de atendimento e encaminhamentos criados pela Secretária de Saúde de Ladário para tipificar quais são os tipos de violências que ocorrem na cidade.

Segundo a psicóloga Ana Cecília Demarqui Machado, coordenadora do Núcleo de Prevenção à Violência e Agravos Não Transmissíveis, a assinatura é muito importante para o combate à violência, “Somente neste ano de 2013, foram registrados 8 casos de estupros envolvendo crianças e adolescentes, por isso o Núcleo se responsabiliza por fazer o mapeamento dos casos notificados nas Estratégias de Saúde da Família, no Pronto-Atendimento, ou no Pronto-Socorro de Corumbá para podermos ter ideia do patamar em que a violência ocorre na cidade”.

Clube Marisco completamente lotado por diversos segmentos da sociedade de Ladário e Corumbá

Pioneirismo

Ladário é a primeira cidade de pequeno porte, com menos de cem mil habitantes a receber o recurso do Ministério da Saúde para a implantação do Núcleo de Prevenção à Violência e Agravos Não Transmissíveis e para dar continuidade à esse serviço que já é realizado há 4 anos, são realizadas as capacitações para que os profissionais atendam com qualidade as vítimas que já passaram por situações diversas e merecem respeito, agilidade nos serviços e humanização.

“Foram anos de debate para construir este documento, horas de estudos de estatísticas que representavam a situação de violência de Ladário. Isso não significa que os serviços terminam aqui, é apenas o começo. Ladário deu um grande passo para a oferta de excelentes serviços em combate à violência e servirá de exemplos para as outras cidades”, afirmou Cláudia Lima, representante do Ministério da Saúde na assinatura do Protocolo.

Para o prefeito, José Antonio Assad e Faria, esse Protocolo é um dos instrumentos mais eficazes aos efeitos da violência, de seu atendimento e suas causas para toda a região, já que o documento também abrange Corumbá e a Bolívia “Nosso objetivo é ampliar o atendimento aos corumbaenses e bolivianos, pois, vivemos em uma região fronteiriça, há muitos bolivianos vivendo em nossa cidade. Não há como separar, somos um só povo, a circulação entre as duas cidades é livre, logo, não há como ser um documento isolado ele é amplo”.

Capacitação

Os profissionais de atendimento às vítimas de violência participam nesta terça e quarta-feira, dias 08 e 09, da IV Capacitação da Rede de Proteção.

As palestras contam com participação de representantes do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, Hospital Naval de Ladário e Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá.

Durante o horário das atividades, os participantes debatem sobre variados temas, como: Trajetória da implantação da notificação de violência e outras causas externas em Mato Grosso do Sul; Anticoncepção de emergência e intervenções médicas nos casos de violência sexual; A cooperação institucional da Marinha do Brasil no enfrentamento à violência; O papel do Município na atenção às pessoas em situação de violência; Tráfico de seres humanos e a Organização de Redes de Atenção Integral para mulheres em situação de violência.

Na quarta-feira, último dia de capacitação será elaborado o Plano Municipal de Saúde para o Enfrentamento a Violência e Desafios da Implantação do Protocolo no Município.

 

Por: Da Redação