Transformar o Parque Marina Gattass em um atrativo que beneficie não apenas o turista, mas principalmente a população corumbaense. Esse é o objetivo do prefeito Paulo Duarte, que visitou o local e de imediato, ordenou a limpeza completa da área. Só essa primeira fase deve durar quase um mês de trabalho.
“Essa ação de limpeza será feita de forma responsável, onde apenas o mato e o lixo serão retirados. As plantas características de região e outras ornamentais que já localizamos aqui serão mantidas”, explicou a diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Maria Clara Scardini.
O projeto de reforma completa do equipamento está sendo finalizado pelo Município. “Queremos transformar esse espaço em um dos principais destinos da nossa cidade, tanto para quem nos visita, quanto para quem mora aqui”, afirmou Duarte, que também destacou o valor histórico e cultural do Marina Gattass para a região pantaneira.
“Restaurar essa obra é reverenciar a memória do Doutor Fadah, um dos grandes prefeitos que Corumbá já teve em toda sua história. Ele foi uma pessoa visionária, a frente de seu tempo, e que deixou um grande legado com o patrimônio histórico e urbanístico da nossa cidade”, complementou.
Fadah Scaff Gatass, falecido em 2008, governou o município por duas vezes, entre os anos 1983 e 1985 e de 1988 a 1992. Médico e pecuarista foi o responsável pelo processo de tombamento do Conjunto Arquitetônico do Casario do Porto de Corumbá, assinado no último ano de sua administração. O parque, inaugurado um ano antes, foi uma homenagem à esposa do então prefeito.
“A intenção, na época, era interligar toda a orla, desde o Porto Geral, passando pela Cacimba, o Mirante das Capivaras, a gruta da baía do Tamengo até chegar ao parque. Um trajeto para ser feito de charrete, bicicleta ou mesmo a pé”, recordou o engenheiro Wilson Cavalcanti, autor e responsável pela execução do projeto original do Marina Gatass.
“É uma área de quase 6,5 hectares, com muito verde e uma vista privilegiada do Pantanal. O projeto previa a instalação de várias estações, onde o visitante poderia se banhar ou até mesmo beber daquela água. Para isso, duas grandes caixas d’águas foram instaladas lá: uma bruta, para molhar as plantas, e outra tratada para o consumo. Mas a rede de água só chegou àquela região nesse ano”, continuou Wilson.
Todo o parque Marina Gatass, desde o piso até os muros, foi construído com pedra calcária, material abundante em Corumbá e que remete às primeiras edificações da cidade. Os portões originais, feitos em ferro puro, estão guardados e serão reinstalados após a reforma. “Essa é uma área perfeita para o camping, por exemplo”, observou a diretora-presidente da Fundação de Turismo, Helénèmarie Fernandes, que também participou da visita.
O local também deve ser um dos principais pontos dos Jogos de Aventura do Pantanal, evento preparado pela Prefeitura ainda para esse ano. “Nesse primeiro momento, vamos ceder uma parte do parque como base da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o que deve auxiliar até na parte de conservação desse equipamento”, anunciou Paulo Duarte.
“Em seguida, com o projeto de reforma totalmente concluído, vamos trabalhar a parte de destinação e utilização de todo esse espaço”, completou o prefeito. O Marina Gattass fica na rodovia Ramão Gómez, a poucos quilômetros da fronteira entre o Brasil e a Bolívia.
Por: Da Redação