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Moka defende concurso para médico e 10% da União à Saúde

 

O senador Waldemir Moka (PMDB), presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, defendeu a realização de concurso público para contratação de médicos com lotação específica no interior do país. A proposta foi defendida segunda-feira (24), durante pronunciamento no plenário do Senado.

O governo federal defende a importação de médicos, proposta que sofre resistência das entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira. “Já me reuni com essas entidades, que querem concurso público ao invés da contratação de profissionais de Cuba, por exemplo”, informou.

O senador quer a abertura de concurso para contratar 10 mil médicos, com salário compatível e exercício obrigatório da atividade em municípios de pequeno porte, onde há carência desses profissionais. “Se o concurso não atrair interessados, aí ficaria comprovada a necessidade de importar médicos. Por enquanto, não há essa certeza”, ponderou.

A contratação de médicos, segundo Moka, irá melhorar o atendimento no interior, mas não acabará totalmente com o problema. “O concurso para a área deve vir acompanhado de um programa de investimento nos hospitais e postos de saúde com a compra de equipamentos básicos, como aparelho de raios-x, e a abertura de mais leitos”, afirma.

Outra medida, de acordo com Moka, seria a existência de uma equipe multidisciplinar em cada hospital do interior. “Além de clínico geral, pediatra, obstetra e anestesista, que deve ser o básico de toda unidade, deve haver concurso para contratação de profissionais de enfermagem”, sugeriu.

Moka cobrou maior compromisso do governo federal com a Saúde e lamentou que, na regulamentação da Emenda 29 em dezembro de 2011, o Congresso Nacional tenha deixado a União de fora dos percentuais mínimos para investimento no setor.

O Senado rejeitou proposta que obrigava a União a investir 10% de sua receita na saúde. “Votei a favor daquela emenda. Mas a maioria impôs exigência apenas a Estados e municípios. É preciso que todas as esferas de governo tenham obrigações mínimas nessa área”, advertiu.

 

Por: Da Redação