Professores e funcionários de escolas particulares de Mato Grosso do Sul, cuja data base é 1º de março, querem 9% de antecipação salarial para os pisos das categorias, para vigorar a partir de 1º de janeiro. O pedido foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (privado) de Mato Grosso do Sul – Sintrae/MS, por intermédio de ofício encaminhado à presidente do Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Mato Grosso do Sul), Maria da Glória Paim Barcellos.
Ricardo Martinez Froes, presidente do Sintrae explica que esse percentual reivindicado é o mesmo que o Governo Federal concedeu ao salário mínimo. Essa antecipação, segundo ele, se faz necessária para que o professor e funcionários de escolas particulares de MS não percam o poder de compra com seus salários.
O Sintrae pede também a antecipação de 5% de reajuste salarial para quem ganha acima do piso. “Esses percentuais de antecipação são imprescindíveis. A primeira, para que os pisos mantenham o mesmo poder de compra em relação ao salário mínimo. A segunda, para amenizar as perdas acumuladas desde a data-base anterior”, justificou.
O não atendimento a essas reivindicações, segundo Froes, “implicará no rebaixamento do valor real dos salários de professores e funcionários das escolas privadas de Mato Grosso do Sul, violando frontalmente os fundamentos constitucionais de valorização do trabalho (Art. 1°, inciso IV, da Constituição da República Federativa do Brasil – CR) e do profissional da educação escolar (Art. 206, inciso V, da CR)”.
O Sintrae/MS não tem dúvida de que o Sinepe vai atender a essas reivindicações dos professores e funcionários, pois entende que são propostas “razoáveis, modesta e absolutamente necessárias, pois não acarretam transtorno de nenhuma ordem para as escolas”, explica Ricardo Froes.
No dia 2 de fevereiro o Sintrae/MS reúne professores e funcionários de escolas particulares, em assembleia geral, para discutir a pauta de reivindicação que será encaminhada para a classe patronal. Nesse encontro a categoria vai decidir também os percentuais de reajuste salarial que vão pedir, para cobrir o acumulado da inflação e ganho real de seus vencimentos.
Ricardo Froes diz que Mato Grosso do Sul e o Brasil, de uma maneira geral, atravessam novos tempos de valorização maior dos professores e funcionários da educação. “É preciso que as escolas tenham uma maior consciência da importância de pagar melhores salários aos seus funcionários, maiores responsáveis pela melhoria da qualidade do ensino e pelo bom desempenho dessas instituições de ensino”, comentou o sindicalista que é professor e advogado.
Por: Da Redação