Corumbá

Semana da Consciência Negra é aberta com muita música e acarajé em Corumbá

Semana da Consciência Negra é aberta com muita música (Foto: Kleverton Velasques)

 

Semana da Consciência Negra é aberta com muita música (Foto: Kleverton Velasques)
Semana da Consciência Negra é aberta com muito acarajé (Foto: Kleverton Velasques)

A abertura da Semana da Consciência Negra em Corumbá não poderia ter sido melhor. A música tomou conta da Praça da Independência, embalando a noite da família corumbaense que, mais uma vez, lotou um espaço considerado tradicional em volta do coreto, o palco onde os artistas se apresentam, durante as Noites de Seresta.

A Noite da Seresta em homenagem à raça negra, foi aberta pela radialista Lú Barreto que fez um relato da história do negro no Brasil, em especial de Zumbi dos Palmares, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que faleceu em 20 de novembro de 1.695, data declarada com o Dia da Consciência Negra, feriado municipal em Corumbá, conforme a Lei Municipal nº 2.084, de 19 de dezembro de 2008, criada pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT).

Em seguida, subiram ao palco, artistas como Evandro, Braguinha da Nova Corumbá, Serginho, Banda Sedução e a Bateria Show do Mestre Diego. O que se viu foi um vasto repertório musical que agradou o grande público presente.

A Noite de Seresta realmente foi especial. Além das belas apresentações de artistas locais e outros que adotaram Corumbá, casos específicos dos cariocas Braguinha e Serginho, o público presente teve outros atrativos, como a praça de alimentação, onde se podia encontrar os mais variados pratos como o arroz carreteiro, paçoca, o tradicional espetinho, comidas da cozinha árabe, entre outros.

Um, no entanto, chamou a atenção. Antes mesmo da abertura da festa em homenagem à Semana da Consciência Negra, a praça foi invadida pelo cheiro do azeite de dendê. Foi só olhar ao redor e se deparar com uma barraca onde o principal prato era o acarajé, um bolinho que pode ser servido ‘quente’ ou ‘frio’, que tem tudo a ver com o período: a sua origem vem do Candomblé, religião trazida pelos escravos africanos para o Brasil.

Os responsáveis pelo atrativo foram os baianos Edinho e Célia Guedes. Enquanto preparava a massa do bolinho de feijão para preparar o acarajé, ele contou que, três anos atrás, veio a Corumbá, atendendo convite de um cunhado. Gostou da cidade, da cultura local e resolveu ficar.

“A gente está direto com uma barraca de acarajé no Porto Geral, durante o Pôr do Som. Agora, recebemos um convite para vir para a Praça da Independência, participar desta festa, e aqui estamos. Tem tudo a ver com a data”, afirmou Edinho Baiano, outro que foi adotado por Corumbá que cansou de fritar bolinho no azeite de dendê, para Célia atender uma exigente clientela. E o que mais teve saída foi o acarajé ‘frio’. Poucos se aventuraram ao ‘quente’, mesmo com uma boa grande quantidade de água, refrigerante e cerveja em toda a praça.

A Noite da Seresta foi organizada pela Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal e integra a Consciência Negra que está sendo promovida pela Prefeitura, por meio da Gerência de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais, junto com o Conselho de Desenvolvimento e Defesa da Comunidade Negra (COMDDEN).

 

Por: Da Redação