Barcos para levar assistência social a populações ribeirinhas do Pantanal e Amazônia
A população ribeirinha do Pantanal e da Amazônia vai passar a receber, em embarcações, as ações do Plano Brasil Sem Miséria. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, assinaram hoje termo de cooperação técnica para a construção de cem lanchas sociais que levarão profissionais da assistência social.
O convênio também prevê a elaboração de projeto de barco social, onde funcionarão CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). Serão investidos, incialmente, R$ 23,1 milhões.
O acordo prevê que a Marinha construirá as lanchas sociais na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém (PA). As cem lanchas devem estar prontas em nove meses. A partir de janeiro do ano que vem, devem começar os trabalhos nas duas regiões.
Já foram cadastradas 109 cidades do Centro-Oeste e do Norte interessadas em receber as embarcações. Desse total, a maior parte está no Pará (33) e no Amazonas (31).
“Para o MDS, essas ações são fundamentais e estratégicas. Nosso grande desafio é garantir que o Estado e os serviços públicos cheguem a todos os cidadãos brasileiros, já que essa população não consegue chegar ao Estado. Não teríamos condições e expertise sem o apoio da Defesa, da Marinha”, disse a ministra Tereza Campello, em material divulgando pela assessoria de imprensa do Ministério.
Com as lanchas, as populações ribeirinhas terão acesso aos serviços dos Cras – equipamento público de proteção social básica. Os técnicos das embarcações prestarão serviços socioassistenciais como busca ativa, cadastramento no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, acompanhamento, atendimento às famílias, serviço de convivência com adolescentes, idosos e a população em geral, atividades de grupo, campanhas e esclarecimentos. Os barcos sociais serão os próprios Cras de forma volante.
Como vai ser
O termo de cooperação será executado em três etapas. Os R$ 23,1 milhões se destinarão às duas primeiras, quando serão construídas as lanchas e elaborado o projeto para o barco social. Na terceira etapa, de acordo com o Ministério, serão construídos os barcos sociais, em quantidade a ser definida e cujos valores dependem do projeto a ser encaminhado pela Marinha. O termo de cooperação técnica vigora até o fim de 2014.
Cada lancha é avaliada em R$ 230 mil. A embarcação transporta até dez profissionais de assistência social, além da tripulação, enquanto os barcos comportam 12 profissionais. As embarcações serão guiadas por piloteiros capacitados pela Marinha.
Por: Da Redação