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A irreverência e o talento de Milton Nascimento no encerramento do FAS

 

O governo do Estado de Mato Grosso do Sul realiza de 26 a 30 de abril o Festival América do Sul em Corumbá (MS) com a coordenação artística da Fundação Estadual de Cultura e para encerrar o Festival em grande estilo, o cantor, compositor e instrumentista Milton Nascimento vai levar os fãs ao êxtase com suas canções e irreverência.

Desde o Festival Internacional da Canção de 1967 quando classificou três músicas de sua autoria (entre elas Travessia e Morro Velho) que Milton Nascimento desponta no cenário mundial como um dos mais importantes músicos brasileiros de todos os tempos. O disco Courage, gravado nos Estados Unidos já em 1968, reuniu nomes de peso como o pianista Herbie Hancock e o produtor Eumir Deodato. Com este álbum, ainda aos 26 anos de idade, passou a transitar com enorme influência por todos os cantos onde passou.

Com o lançamento do álbum “E a Gente Sonhando” em 2010, Milton completou 46 discos gravados com mais de mais de quinze milhões de discos vendidos na carreira. Sem contar ainda centenas de participações em projetos de amigos, parceiros, músicos e cantores do mundo inteiro. A lista de pessoas com quem já gravou (e por quem foi gravado) não tem limites: Wayne Shorter, Mercedes Sosa, Sarah Vaughan, Peter Gabriel, James Taylor, Joe Anderson, Paul Simon, Duran Duran, Pat Metheny, Bjork, Esperanza Spalding, Jason Mraz. O artista acumula na bagagem quatro prêmios Grammy.

No cinema, já participou – tanto como ator quanto diretor musical – em filmes de Werner Herzog, Ruy Guerra, Paulo Cezar Saraceni, Nelson Pereira dos Santos, Silvio Tendler e Cacá Diegues. Convidado por grupos como Corpo, Ponto de Partida e pelo premiado diretor nova iorquino David Parson, Milton Nascimento tem uma extensa lista de trabalhos realizados para a dança e o teatro.

E na contramão do sucesso que obteve internacionalmente como instrumentista, compositor e cantor, Milton também tem uma presença marcante em outras áreas, seja na militância social, no cinema ou no teatro. O Rain Forest, uma espécie de “Nobel sem política”, já concedeu sua principal premiação a Milton pela luta ao lado da Aliança dos Povos da Floresta, organização que reúne índios, ribeirinhos e seringueiros da Floresta Amazônica. Milton também tem papel importante junto a Anistia Internacional, a Fondatión France Liberté e atua com frequência em ações do Greenpeace.

Atualmente, o artista continua na estrada, e no ano passado além de uma dezena de gravações realizadas – acumulou também um significativo número de milhas nas viagens com sua banda: Porto Alegre, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Seattle, San Francisco, Paranapiacaba, Araxá, Nova York e Embú das Artes.

Em 2012, para comemorar os 50 anos de carreira, está programada uma grande turnê com shows em praticamente todos os estados brasileiros, como este em Corumbá-MS, além de apresentações na Europa e na América do Sul. Milton nunca se preocupou com a distância, muito menos com o tamanho do lugar. Assim, como nunca se cansa de repetir: “Vou onde me chamam”.

 

Por: Da Redação