Leandro de Oliveira, 20 anos, e sua irmã Renata de Oliveira Arguelo, 23 anos, eram as principais testemunhas do caso, após terem acionado o 190. Entretanto, os dois apresentaram várias contradições em seus depoimentos, levantando suspeitas sobre a provável participação de Leandro no crime.
Após vários interrogatórios, Renata confessou que foi forçada pelo irmão – sobre forte ameaça – a dizer que eles haviam avistado um homem na estrada do gaturama saindo do matagal, trajando bermuda camuflada, camiseta preta e boné branco.
Outra testemunha disse ter visto Francoise na companhia de um homem de bicicleta próximo de sua casa, no bairro Popular Velha, em Corumbá. Imagens feitas num supermercado confirmaram ser ele o homem que estava com a menina momentos antes do crime.
A delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, da DAIJ – Delegacia de Apoio à Infância, Juventude e Idoso – apresentou a Leandro o depoimento de sua irmã e as provas apontando a autoria do crime. Ele não teve alternativa e confessou ter estuprado a menina, mais que sua intenção não era matá-la.
Peças do crime
Sofrimento e dor
Na manhã deste sábado (24), familiares que estavam na porta da Delegacia em Corumbá, antes da coletiva de imprensa, mostraram indignação e revolta com a morte de Francoise. Seus pais, Aguinaldo Ibarra de Oliveira e Lucineia da Silva, tiveram que ser retirados do local após verem o assassino da filha.
Ednéia, tia da menina, relatou ao Pérola News que Francoise estudava na Escola Fernando de Barros, “ela era boa aluna, só tinha boas notas, infelizmente não teve oportunidade de dizer qual profissão gostaria de seguir quando crescesse devido a sua morte prematura”.
“O assassino era conhecido como ‘Diego’. Ele vai pagar na lei dos homens e na lei de Deus”, disse Sonia, avó da menina.
Coletiva
A delegada Priscila disse que o assassino conhecia Francoise, mas de vista, pois ele morava na mesma rua da avó da vítima, no bairro Nova Aliança, em Ladário.
“Ele será encaminhado ao presídio de Corumbá. Se condenado, ele poderá pegar a pena de 12 a 30 anos de reclusão, por estupro qualificado pela morte da menina, conforme prevê o artigo 217-A do Código Penal”, disse Priscila.
Em seu depoimento, Leandro disse estar arrependido do que fez.
A delegada Priscila também confirmou que o assassino é acusado de ter estuprado a sua enteada de apenas 4 anos. O caso aconteceu no município de Ladário. Ela disse que Leandro nega o crime, mas que o delegado Enilton Zala retomará as investigações depois das fortes evidências dele ser o autor.
O prazo para concluir o inquérito do caso Francoise Steffani de Oliveira é de 30 dias.
Investigação
A investigação teve a participação de Priscila Anuda (delegada), Paula Ribeiro (delegada), Énio Dias (investigador), Plínio Zeballes (investigador), Solange de Mello (escrivã), Nivaldo Paz (escrivão), Márcia Regina (investigadora), Jamil Calderon (investigador), Jaciry (investigador), Maurício (investigador), Sérgio (escrivão), Vanderley (escrivão) e outros policias que não mediram esforços para elucidar o crime.
Por: Douglas Assad Arruda