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Associação da PM e Bombeiros de MS solicita audiência para reajuste salarial

 

Confira a Nota de Imprensa da ACS:

Declarações veiculadas pela mídia nacional mostram que a presidente Dilma Rousseff e representantes do PT (Partido dos Trabalhadores) querem convencer a população brasileira de que a greve dos policiais militares da Bahia seria parte de uma articulação nacional para pressionar o governo a apoiar, no Congresso, a aprovação da PEC 300, proposta de emenda constitucional que estabelece um piso salarial para os servidores civis e militares da segurança pública dos estados.

Fica claro que o PT, seguindo uma linha ideologicamente revanchista, quer marginalizar o movimento representativo dos policiais militares. Ao mesmo tempo não assume a incompetência da presidente em dialogar com o movimento nacional que luta pela aprovação da PEC. Não podemos esquecer do vice-presidente Michel Temer (PMDB/SP), então presidente da Câmara Federal, que dizia publicamente que votaria a PEC em segundo turno, fato que nunca ocorreu.

Outro fato que o PT não assume é a incapacidade que o partido tem em estabelecer diálogo com as categorias que não se prestam a sustentar politicamente a legenda.

Na realidade, a luta salarial dos policiais baianos é em decorrência de um achatamento salarial que vem ocorrendo há vários anos, e que veio a desaguar em greve, uma vez que o governador do PT se mostrou avesso a qualquer diálogo anterior para resolver ou até amenizar o problema dos baixos salários. Portanto, não há qualquer liame com “paralisação para pressionar a aprovação da PEC 300”. O que está ocorrendo na Bahia é devido aos ínfimos salários da PM, não havendo qualquer outra conotação.

Em Mato Grosso do Sul, embora o governo não seja do PT, o achatamento salarial dos praças não é diferente de outros estados, especificamente o do soldado em inicio de carreira que recebe R$ 1.950,00, uma remuneração bem abaixo da média nacional, classificada como a 18ª do país.

Nesta semana, a ACS enviou ao Governo do Estado um ofício, solicitando uma audiência, no sentido de abrir as negociações salariais deste ano, e assim antecipar a data base para classe, reivindicação feita ao governo em uma reunião que ocorreu no dia 09 de dezembro do ano passado.

Reunião onde foi exposta a condição salarial do cabo e do soldado, visando convencer o governo que em 2012 seria preciso um índice de reajuste diferenciado para esse segmento, que fosse capaz de estabelecer uma maior valorização profissional.

No encontro, a diretoria da ACS já havia mostrado ao governador que é critica a situação salarial na base da PM. Por isso, hoje, a vontade daqueles que recebem ínfimos salários seria seguir os exemplos do estado do Ceará, Bahia, agora do Rio de Janeiro, paralisando as atividades operacionais, até que o governo concedesse um reajuste salarial condizente com as necessidades da classe, fato que não é descartado quando se negocia salários. Esse indicativo só acontecerá com a deliberação da categoria tomada em assembleia geral.

Por isso, esperamos que o governo de Mato Grosso do Sul, ao abrir as negociações salariais, esteja sensível a situação dos praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, principalmente a do cabo e do soldado, que realizam o serviço de policiamento ostensivo e preventivo 24 horas por dia.

 

Por: Da Redação