Corumbá

Câmara de Corumbá repudia nota do Corumbaense FC sobre verba

“O Niquito foi mentiroso, leviano”, afirmou o presidente da Câmara, vereador Evander Vendramini Duran (PP)

 

“O Niquito foi mentiroso, leviano”, afirmou o presidente da Câmara, vereador Evander Vendramini Duran (PP)

Precipitada, infeliz, leviana, irresponsável e mentirosa. Assim se posicionou a Câmara Municipal de Corumbá em relação à nota divulgada na mídia pelo presidente do Corumbaense FC, Francisco Vieira, o Niquito, onde o dirigente afirma que o Legislativo se negou a aprovar o projeto de lei encaminhado pela prefeitura destinando R$ 300 mil ao clube.

“O Niquito foi mentiroso, leviano”, afirmou o presidente da Câmara, vereador Evander Vendramini Duran (PP), esclarecendo que em nenhum momento a Casa discutiu o projeto. Segundo o presidente, o Corumbaense, clube tradicional da cidade, e a Câmara foram usados para desviar o foco “da verdade”, se referindo ao caos na saúde pública.

A posição do clube foi repudiada pela maioria dos vereadores, os quais também esclareceram que não foram procurados pelo Niquito para discutir o projeto, como é cita na nota. Os vereadores João Bosco da Silva e Souza (PT) e Marcelo Iunes (PMDB) declararam, durante a sessão desta segunda-feira, que conversaram com o diretor sobre o assunto.

Projeto genérico

O vereador Marcos de Souza Martins (PT), o Marquinhos, abriu a discussão afirmando que se sentiu ofendido e agredido pelo clube. Disse que a Câmara não se pronunciou oficialmente sobre o projeto, “que seria aprovado com ressalvas”. Ele, como presidente da Comissão de Justiça, apresentaria emenda que garantisse prestação de contas mensal do dinheiro público.

“O projeto é genérico, não detalha como essa verba será aplicada, o que é uma exigência, por exemplo, para se aprovar uma captação de recursos no setor privado em forma de patrocínio”, observou Marquinhos. “Como torcedor do Corumbaense e vereador me senti ofendido. Seríamos irresponsáveis aprovar um projeto sem exigir mecanismos de controle.”

Marquinhos criticou o uso do dinheiro público sem critérios e transparência, enquanto a cidade tem outras prioridades. Ele atribuiu o manifesto do clube a “fofoqueiros de plantão” que fazem intrigas entre o Legislativo e o Executivo. Também concorda com o presidente da Casa quanto à tentativa de esconder fatos mais graves envolvendo o município.

Prejulgamento

O presidente Evander Vendramini questionou a autoridade do dirigente e disse que ele, Niquito, “deveria ter uma bola de cristal para adivinhar o pensamento dos vereadores em relação ao projeto”. Vendramini explicou que um projeto de lei, conforme o regimento interno, tem prazo de 45 dias para tramitar na Casa até entrar na pauta.

“Em nenhum momento fomos omissos e o prejulgamento desse fato, de forma irresponsável, foi claramente motivado por aqueles que têm medo da verdade e da investigação de seus atos, por isso se negam a enviar prestação de contas a esta Casa”, reagiu o presidente.

Os vereadores Cristina Lanza (PT), Dirceu Miguéis (PMDB), Oséas Ohara (PMDB), Antônio Galã (PT), João Lucas (PP), Carlos Alberto Machado (PT), Marcelo Iunes (PMDB), Rufo Vinagre (PR), Rogério Cândia (PTB) e Antônio Juliano (PSDB) também se pronunciaram em defesa da Casa. “Sou presidente da Comissão de Finanças e não fui procurado por esse Niquito”, disse Dirceu.

 

Por: Da Redação