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Denúncia de irregularidades na Federação de Futebol serão investigadas pelo MPE

O presidente do Operário, Antonio Vieira, confia na justiça para acabar com os desmandos na FFMS (Deurico Ramos/Capital News)

 

O presidente do Operário, Antonio Vieira, confia na justiça para acabar com os desmandos na FFMS (Deurico Ramos/Capital News)

O Diário Oficial do Ministério Público Estadual (MPE) publicou na última sexta-feira (13), o inquérito que vai investigar uma série de denúncias feitas pelo Operário Futebol Clube contra a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) e o Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD/MS). O promotor de justiça, Fabrício Proença de Azambuja, está à frente do caso e vai apurar as eventuais irregularidades na composição das entidades.

O presidente do Operário, Antonio Vieira, apresentou as provas no mês passado ao MPE, na qual atestam as irregularidades. Conforme a documentação apresentada, “o TJD-MS em parceria com a FFMS encontra-se absolutamente viciado de erros grosseiros e irreparáveis desde a sua estruturação física”.

As regras para a composição do TJD, de acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, deve ter: dois indicados pela entidade nacional de administração do desporto, dois indicados pelas entidades de prática desportiva, que participem da principal competição da entidade nacional (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) ou pela entidade regional (TJD). Dois advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), um representante dos árbitros e dois representantes dos atletas. “Porém, na prática não é o que acontece. Porque os representantes do TJD acumulam cargos e funções incompatíveis com o que determina o Código”, alega Vieira.

Dessa forma, a denúncia aponta quatro auditores da entidade em situação irregular. Um deles é o Marco Borges Ortega, que figura como auditor do TJD-MS, presidente da Federação de Bicicross, secretário e tesoureiro da Federação de Biribol. Outra seria Polyana Abdalla Tavares, que atua como auditora do TJD-MS, e é membro do Conselho Fiscal da Federação de Biribol. Já Marco Antonio Tavares aparece como presidente da Federação de Tênis de Mesa, vice-presidente da FFMS, diretor desportivo da Federação de Biribol e membro do Conselho Fiscal da Federação de Bicicross. E, por fim, Neide Fatima Abadalla Tavares, que é tesoureira da Federação de Bicicross e membro do Conselho Fiscal da Federação de Biribol. Outro detalhe que chama a atenção é que Polyana Abadalla Tavares é filha de Marcos Tavares e de Neide Fatima Abdalla Tavares.

Diante das alegações, o documento apresentado pelo presidente do Operário solicita “o afastamento dos atuais membros componentes daquela câmara julgadora, bem como, da atual Direção da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul”.

A Assessoria de Comunicação da Promotoria afirmou que o promotor Fabrício Proença de Azambuja não vai se pronunciar sobre o caso para não atrapalhar as investigações.

A reportagem também entrou em contato com a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul que, até o momento, ainda não se pronunciou sobre o caso. (Capital News)

 

Por: Da Redação