A reforma agrária em Mato Grosso do Sul, paralisada desde 2010, também não andou em 2011, por conta das denúncias de irregularidades internas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA no Estado. Mesmo com a nomeação do superintendente Celso Cestari, indicado pela Fetagri/MS e outros movimentos rurais, 2011 serviu apenas para colocar a casa em ordem. “Mas, agora, em 2012 o INCRA tem o dever e a obrigação de fazer andar todos os programas e projetos de assentamento das famílias que vivem em cidades de lona ou que já estão em seus lotes, mas sem a menor infra-estrutura”, sentencia Geraldo Teixeira de Almeida, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso do Sul (Fetagri/MS).
“Pior do que está não deve ficar este ano”, avalia Geraldo lembrando o slogan do deputado federal Tiririca, usado para sua eleição com número recorde de eleitores. “Celso Cestari é nosso amigo, mas é preciso fazer com que a reforma agrária se deslanche este ano, senão ficará muito crítica a situação”, alerta Geraldo Teixeira.
O presidente da Fetagri lançou também uma advertência: “Panela só ferve com fogo em baixo”. Se for preciso, vamos fazer com que o governo nos ouça e retome as rédeas do desenvolvimento agrário em Mato Grosso do Sul que não pode ficar quase dois anos de completo marasmo, sem benefício a uma família sequer com a reforma agrária, explica.
Em Mato Grosso do Sul são mais de 17 mil famílias acampadas às margens das estradas à espera de um pedaço de terra para produzir e caminhar com as próprias pernas no campo. Destas, 12 mil estão ligadas à Fetagri/MS.
A diretoria da Fetagri/MS espera que Dilma Rousseff assente este ano pelo menos 10 mil famílias de Mato Grosso do Sul. E Geraldo justifica a urgência: a maioria dessas famílias está acampada há mais de 6 anos. (Assessoria de Imprensa)
Por: Da Redação