Depois de alguns repiques, por conta de chuvas pontuais, o Rio Paraguai começa a subir com maior intensidade e hoje seu nível é de 80 centímetros na centenária régua situada na Marinha, em Ladário.
A planície pantaneira passa por uma das piores secas das últimas décadas. Seu principal rio chegou ao nível de 73 centímetros, no último dia 27, o mais baixo desde a grande cheia de 1974 que rompeu um longo ciclo de seca.
A forte vazão do Paraguai, expondo seus barrancos em frente ao porto geral e a estrutura de pedra do Farol Balduíno, interrompeu a navegação comercial, com as mineradoras deixando de exportar sua matéria prima pela hidrovia.
As previsões em relação a vazão do rio não se confirmaram devido condições naturais. O último boletim do Ministério das Minas e Energia, que tem um programa de alerta de cheias, estimou que s águas subiriam a partir do dia 10 de dezembro.
O comportamento do rio em Cáceres (MT), distante 670 quilômetros por água de Corumbá, demonstra que chove forte em suas cabeceiras. Em uma semana o Paraguai subiu 74 centímetros na régua de Cáceres (hoje marca 2,28 metros).
Essa água, no entanto, chega a região de Corumbá somente em dois meses devido a baixa declividade do Pantanal e a morraria, que concentra grande parte. A primeira previsão da Embrapa Pantanal sobre o comportamento dessas águas ocorrerá em janeiro.
Das encostas de Corumbá, de frente para a planície, onde os campos estão secos e tem fartura de pasto, se avista concentração de gado. Centenas de animais morreram durante a cheia desse ano, principalmente nas regiões da Nhecolândia, Jacadigo e Nabileque.
Por: Da Redação