O vereador Oséas Ohara de Oliveira (PMDB) encaminha para apreciação do plenário da Câmara Municipal de Corumbá, na sessão da próxima segunda-feira, 2 de maio, o pedido de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar denúncias no setor de saúde pública de Corumbá.
O pedido da CPI foi requerido na sessão desta terça-feira, subscrito por oito vereadores, porém o autor retirou-o para melhor formulação, incluindo a requisição de cópia dos vídeos exibidos pelo jornalismo da TV Morena, onde a emissora denúncia o mau atendimento no Pronto Socorro e venda de leitos por funcionários do Hospital de Caridade.
Oséas Ohara disse que a CPI vai se basear nas denúncias para fiscalizar os procedimentos administrativos e médicos do Pronto Socorro, bem como de todos os serviços de saúde pública sob a responsabilidade da prefeitura. “As reclamações são generalizadas e o objetivo da CPI é apurar as causas”, afirmou.
Situação tenebrosa
O caos na saúde de Corumbá voltou a ser debatido na Câmara. A vereadora Cristina Lanza (PT) usou a tribuna para relatar que visitou alguns postos de saúde, na manhã de terça-feira, e constatou a calamidade instalada. “Deparei-me com uma situação triste, tenebrosa, confirmando as irregularidades denunciadas pela mídia”, disse ela.
Lanza questionou a prefeitura por abandonar a saúde pública, enquanto há recursos substanciais para manter serviços de qualidade à população carente. O orçamento do município previu investimento de R$ 61,4 milhões na saúde em 2011. Isso representa mais de R$ 5 milhões mensais. Onde está esse dinheiro?”. Indagou.
A vereadora disse que mesmo havendo queda na receita, pelo menos a metade dos recursos previstos está sendo canalizado para a saúde, ”que não justifica o caos no setor”. Ela apóia uma fiscalização rigorosa por parte da Câmara quanto a aplicação desse dinheiro. “Não é uma questão política, mas de humanidade”, acrescentou.
Em aparte, o vereador Antônio Vianna Galã (PT), lembrou que um dos problemas crônicos é o não cumprimento de horário por parte de alguns médicos lotados nos postos. O vereador Oséas Ohara, que é médico, disse que o problema é de gerenciamento. “O prefeito (Ruiter Cunha) reduziu os salários dos médicos”, citou.
Por: Da Redação