A XXII edição do Festival de Inverno de Bonito traz para Mato Grosso do Sul atrações nacionais e regionais que com certeza irão agradar aos mais diversos gostos musicais. O FIB 2023 é uma realização do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura, Sesc MS e Prefeitura de Bonito.
A abertura, no dia 23 de agosto, quarta-feira, ficará por conta da Orquestra Jovem Sesc MS e Fafá de Belém. A Orquestra Jovem Sesc surgiu através dos cursos de música na unidade Sesc Lageado em Campo Grande MS. Criada com intuito de desenvolver a prática em conjunto, tem em sua formação os naipes de cordas friccionadas, percussão e madeiras. Alguns componentes participaram da gravação DVD Tetê Espíndola tocando como convidados na Orquestra Sinfônica de Campo Grande no Teatro Glauce Rocha.
A carismática e risonha Fafá de Belém, nascida Maria de Fátima Palha de Figueiredo, em Belém, que vai abrir o Festival, ganhou reconhecimento nacional quando, em 1975, a música “Filho da Bahia”, cantada por ela, foi introduzida na trilha sonora da telenovela Gabriela. A cantora completou, em 2023, 48 anos de carreira com mais de 15 milhões de álbuns vendidos, entre o Brasil e Portugal. Já gravou mais de 30 álbuns, entre CDs, DVDs e EPs, além de participações em coletâneas de sucesso e outros artistas. A cantora é também embaixadora da Unicef, região amazônica, por ações e serviços prestados à causa infantil e adolescente, contra a exploração e prostituição de crianças.
No dia 24 de agosto, quinta-feira, é a vez de se apresentar a banda Bala Desejo e Paulinho Moska com Maria Gadú. Bala Desejo é formada pelo jovem grupo que se conhece a vida toda, Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra. Requisitados por grandes festivais do Brasil e do mundo, juntos tornaram-se expoentes da nova geração musical e ganhadores do Grammy Latino 2022, com o primeiro álbum lançado intitulado ‘Sim Sim Sim’.
Paulinho Moska começou a construir sua carreira solo a partir de 1993 com o disco “Vontade”, passando então a produzir uma discografia repleta de canções inspiradas que falam sobretudo,de “amor à vida”. São 25 anos escrevendo canções em que as letras se destacam tanto quanto a música. Durante a pandemia, e até o momento atual, Moska tem se dedicado a produzir conteúdos ricos e diversos. Este ano, o cantor é atração confirmada para o Festival de Inverno de Bonito, ocasião em que se apresentará com a cantora Maria Gadú.
Na sexta-feira, dia 25 de agosto, sobem ao palco de Bonito os Gilsons e a cantora Iza. Gilsons é um trio musical brasileiro de MPB formado em 2018 por José Gil, Francisco Gil e João Gil, respectivamente filho e netos de Gilberto Gil. O trio lançou um EP de estreia: Várias Queixas (2019). O resgate das influências baianas e da ancestralidade marca a música do Gilsons. O que se escuta da música do trio tem samba, rap, funk, afoxé e pop com algo eletrônico.
Isabela Cristina Correia de Lima Lima, mais conhecida pelo seu nome artístico Iza, lançou primeiro álbum, Dona de Mim, em 2018 e recebeu uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Album Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa. Em 2019, Iza estreou como jurada no The Voice Brasil. .O estilo musical de Iza é classificado majoritariamente como R&B, mas ela inclui outros gêneros específicos em algumas canções como o pop, reggae, fusion e o soul, além de já ter colocado elementos da cultura afro-brasileira nas suas canções, como o berimbau em “Ginga”. Iza citou como suas maiores referências musicais as cantoras Etta James, Donna Summer, Elza Soares, Alcione, Rihanna e Beyoncé.
No dia 26 de agosto, sábado, é a vez de se apresentarem a cantora Juliana Linhares e o rapper Emicida. Ao se ver sozinha durante a pandemia, Juliana Linhares assumiu as rédeas de sua história e lançou o álbum autoral Nordeste ficção, que traz a região em que nasceu para o centro do debate. Moradora do Rio de Janeiro desde 2010, tem como missão quebrar os estereótipos sobre seu povo. Aos 32 anos, cruza as fronteiras e leva seu som para palcos dentro e fora do país. Cantora, compositora, atriz e diretora, a potiguar Juliana Linhares é a bola da vez.
Desde que começou a dar os primeiros passos no rap, nas batalhas de freestyle, lá pelo ano de 2006, Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, sabia que queria ter uma carreira sólida. Talvez ele não soubesse que construiria alicerces consistentes o suficiente para ir além da sua própria trajetória. Assim, se tornou a principal referência da sua geração no rap, Suas importantes falas e ideias sobre o panorama do mundo, seja na esfera política, cultural ou social, tornou Emicida um dos mais importantes pensadores contemporâneos do país.
E para encerrar o Festival com chave de ouro, no dia 27 de agosto, domingo, sobe ao palco o Trio Parada Dura. Formado em Minas Gerais no ano de 1971, é considerado um dos maiores, mais antigos e mais bem-sucedidos grupos musicais de música sertaneja do Brasil. Atualmente estão em sua oitava formação, com Creone, Leonito e Xonadão. O grupo alcançou o sucesso nacional em 1981, com o lançamento do LP Último Adeus, em que interpretou as canções Fuscão Preto e Arapuca. Ao longo da carreira, o Trio Parada Dura recebeu 11 discos de ouro e 3 discos de platina.
*Karina Lima, FCMS