Corumbá

Feapan: Sindicato Rural homenageia pantaneiros

 

Como ocorre todo ano na Feapan (Feira Agropecuária e Industrial do Pantanal), neste domingo o Sindicato Rural de Corumbá prestou homenagens a sete descendentes de famílias de pioneiros com a entrega de uma placa.

O evento realizado em clima de muita emoção ocorreu no Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros, durante almoço destinado aos participantes da feira, homenageados e associados da entidade rural. A finalidade é resgatar legados e reconhecer exemplos atuais de dedicação à causa pantaneira.

“Aqui está uma prova de que esta nossa Casa Rural é histórica”, disse o presidente do Sindicato Rural, Raphael Kassar, ressaltando que o ato de homenagear também é um encontro e reencontro das famílias, que aprenderam ao convívio por séculos por força do isolamento do Pantanal.

O dirigente destacou a força do agronegócio na planície e disse que, já no final do século 19, quando ocorreu a primeira feira em uma fazenda, a Santa Rita, o pantaneiro já se preocupava com a melhoria genética do seu rebanho.

Homenageados

Este ano o Sindicato Rural homenageou as seguintes pessoas: Celso Fernando de Barros, Percy Miranda, Guilherme Escolástico de Barros (seu “Gui”), Antônio Luiz de Barros e Filho (Totico), João Geraldo Rodrigues (“JG”), Paulo de Barros Medeiros e Raquel Rolon.

Atuando por mais de 40 anos no Ministério Público do Rio de Janeiro, onde mora, o advogado corumbaense Celso Fernando de Barros agradeceu a homenagem dizendo que o prêmio é um chamamento e vai marcar um novo ângulo de sua vida. “Estou chorando de pura felicidade”, citou.

Mapa histórico

Durante a solenidade, o Sindicato Rural recebeu doação de uma cópia autêntica de um mapa feito à mão em 1899 dos limites das Seismarias (Fazenda Firme), de propriedade de Joaquim Eugênio Gomes da Silva, o Nheco, um dos primeiros desbravadores do Pantanal.

O mapa foi descoberto e recuperado pelo pecuarista e advogado Arnaldo Puccini Medeiros, dono da fazenda Paraíso. Junto com o mapa, Arnaldo Puccini doou ainda uma CD com as 84 páginas de todo o processo de medição e regularização das terras de Nheco, que somavam 176 mil hectares.

 

Por: Da Redação