Nos primeiros quatro meses de 2021, o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) da Secretaria de Estado de Saúde já realizou a análise de quase 130 mil exames ‘padrão ouro’ (RT-PCR) no Estado. Os reflexos da última onda apontou que os meses de março e abril apresentaram maior taxa de positividade da doença com índice de 43%, conforme a série histórica registrada pela SES, desde janeiro de 2021. Isto significa que para cada 100 amostras analisada pelo Lacen, 43 deram positivos para a Covid-19. O recomendável pela Organização Mundial de Saúde é que este índice seja de 5%.
Para o secretário de Estado de Saúde, a contaminação do coronavírus em Mato Grosso do Sul ainda está alta. “Estamos com uma estabilidade muito alta. A contaminação está na faixa etária de 20 a 49 anos que corresponde a 62% dos casos confirmados no Estado. Este grupo precisa ter maior cuidado e menor exposição ao risco”, alerta.
Dados do relatório de resultado do quantitativo por semana epidemiológica, do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), da SES, revela que o maior registro aconteceu na semana epidemiológica 12, que foi entre os dias 21 a 27 de março, e depois, entre os dias 04 a 10 de abril, com a taxa de positividade em 43%. A menor registrada neste ano ocorreu entre os dias 7 a 13 de fevereiro, na semana seis, com a taxa de positividade em 30%.
A última semana epidemiológica, a 17, que aconteceu entre os dias 25 de abril a 1º de maio, registrou a taxa de 38%. A semana epidemiológica 18, que termina no próximo sábado, 8 de maio, a parcial já sinaliza alta de 42%, mas pode mudar até o fechamento da semana.
Por outro lado, apesar do Estado sinalizar queda em alguns indicadores, como por exemplo, a taxa de contágio que chegou a estar a 1.03 – em que o recomendável é que esteja menor que 1 -, atualmente, o Estado registra 0.93. No entanto, a taxa de letalidade da Covid que permaneceu por muito tempo em 1.8 está atualmente em 2.3.
Para a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, ainda não é o momento da população baixar a guarda. “O nosso mantra de salvar vidas deve continuar sendo: uso adequado de máscaras, álcool em gel, distanciamento físico e não aglomerações, estas ainda são as melhores evidências científicas. E, se chegar a sua vez, VACINE! E não deixe de completar as duas doses da vacina”.
*Rodson Lima, SES