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Setor produtivo do Centro-Oeste reivindica paridade nas decisões sobre investimentos

 

O setor produtivo do Centro-Oeste voltou a reunir-se, na segunda-feira passada (22/08), na sede da Fieg (Federação das Indústrias de Goiás), em Goiânia (GO), para discutir questões diretamente ligadas ao desenvolvimento da Região. Trata-se do 2º Encontro do Fórum das Entidades do Setor Produtivo do Centro-Oeste – o primeiro foi realizado no dia 18 de julho na sede da Fiems, em Campo Grande (MS), e, na oportunidade, os empresários elaboraram um manifesto com propostas para garantir o desenvolvimento regional de forma integrada e permanente.

Já no encontro realizado em Goiânia o vice-presidente da Fiems, Alonso Resende do Nascimento, que representou o presidente Sérgio Longen, destacou a criação de um comitê permanente pró-reforma tributária e simplificação tributária, com dois pontos já definidos – a convalidação dos atuais incentivos e o fim da unanimidade nas decisões do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), passando para 3/5 de seus integrantes. “Também ficou acertada a reivindicação de participação efetiva do setor na elaboração do orçamento do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, junto à Sudeco (FDCO), com objetivo de garantir a aplicação dos recursos previstos de acordo com as prioridades definidas para a Região”, informou.

No que diz respeito ao Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel), Alonso do Nascimento informou que foi colocada a necessidade de articulações conjuntas – Sudeco e Fórum – para alterar a composição do Conselho, estabelecendo participação paritária entre o governo e a iniciativa privada. Com relação ao Novo Código Florestal, o assunto entrou na pauta de discussões como um dos mais relevantes e o setor produtivo decidiu que serão realizadas ações políticas junto aos senadores representantes dos Estados do Centro-Oeste para garantir a rápida aprovação nos termos definidos pela Câmara dos Deputados.

Logística

Outra deliberação durante o encontro Fórum das Entidades do Setor Produtivo do Centro-Oeste foi a necessidade de apresentar proposta às confederações do setor produtivo para custeio de estudo de planejamento em termos de logística voltado para o Centro-Oeste, bem como de turismo. “A expectativa é de que a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste seja um órgão ágil, aberto e transparente, com o mínimo de burocracia, voltado exclusivamente para o crescimento da região”, reforçou o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, na ocasião do 2º Encontro do Fórum das Entidades Produtivas da Região, durante palestra do superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado.

O permanente diálogo com sociedade civil e governo, um orçamento público suficiente para cumprir seus objetivos e a defesa dos incentivos fiscais para a região foram outros pontos discutidos pelo empresariado. Também foi levantada a necessidade da criação da Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, como um braço financeiro indispensável para estimular a atração de investimentos privados.

“Esperamos que a Superintendência seja, sobretudo, capaz de investir nas carências econômicas e sociais da região, diminuindo as desigualdades intrarregionais, acelerando as taxas de crescimento econômico e aumentando a renda per capita”, concluiu Pedro Alves. Também participaram do evento representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Educação, o governador em exercício de Goiás, José Eliton, e o secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre Baldy.

 

Por: Da Redação