Estado

MS registra movimentação de 60% mesmo com vírus presente em 25 municípios

 

Principal medida para enfrentar o novo coronavírus, o distanciamento social continua baixo em Mato Grosso do Sul. A taxa de isolamento registrada nesta quarta-feira (6.5) foi de apenas 40,2%, o que significa que quase 60% estavam circulando pelas ruas da Capital e interior.

A ferramenta de monitoramento por geolocalização utilizada pelo Governo do Estado, identificou isolamento de 40,1% em Campo Grande para o dia. Já os índices mapeados no interior do Estado variam entre 30,6% (Rio Verde de Mato Grosso) a 54,7% (Aral Moreira).

Ao mesmo tempo que o isolamento se mantém abaixo do ideal em todas as regiões, o vírus tem se espalhado e a interiorização dos casos ocorrido diariamente. No boletim epidemiológico atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta-feira (7.5), Jardim passou a integrar o mapa da Covid-19, e o Estado conta agora com 25 cidades com a presença confirmada do novo coronavírus.

Além de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Sonora, Nova Andradina, Chapadão do Sul, Brasilândia, Batayporã, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Ladário, Coxim, Bataguassu, Mundo Novo, Paranaíba, Ponta Porã, Sidrolândia, Jardim, Alcinópolis, Jateí, Miranda, Naviraí, Paraíso das Águas, Rio Verde de Mato Grosso e Selvíria, integram o mapa atualizado desta quinta-feira. 

Na contramão de todas as recomendações, os novos casos identificados nos pequenos municípios, são resultado de aglomerações, festinhas e encontros familiares, conforme levantamento da SES.  O baixo isolamento pode ter um alto “preço”, e é preciso conscientização, para que nenhum familiar ou amigo passe a integrar as estatísticas dessa doença tão imprevisível. O novo coronavírus já mostrou a que veio, e só no Brasil já fez mais de 8,5 mil vítimas, conforme atualização de ontem do Ministério da Saúde.

Apesar do bom desempenho de Mato Grosso do Sul no cenário nacional no enfrentamento a pandemia, a SES demonstrou preocupação com o baixo isolamento que pode elevar o Estado ao mesmo padrão de gravidade da doença em outros estados do País. “O inimigo é ardiloso, nós precisamos estar vigilantes. O ambiente de uma UTI é muito hostil”, alertou o secretário Geraldo Resende.  

*Mireli Obando, Subsecretaria de Comunicação / Foto: Chico Ribeiro