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O que foi Diretas Já

 

A ideia de criar um movimento a favor de eleições diretas foi lançada em 1.983, pelo então Senador Teotônio Vilela no canal livre da TV Bandeirante. O movimento foi organizado por membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Que se intensificou com o agravamento da crise econômica (com a coexistência da inflação). A manifestação contou com diversas correntes políticas pelo desejo de eleições diretas para presidente da República e outros. A repressão aumentou, porém o sonho pela liberdade não retrocedeu. Na televisão, o general Figueiredo classificou o movimento como “subversivos” os que começavam aos protestos. O movimento foi liderado por Tancredo Neves, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas, Luis Inácio Lula da Silva, Leonel Brizola, Pedro Simon, Miguel Arraes, Ulysses Guimarães, José Richa, Dante de Oliveira e além de artistas e intelectuais engajados pela causa. Naquele mesmo ano, o deputado federal Dante de Oliveira, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), apresentou projeto de Emenda Constitucional com endosso de 170 assinaturas de deputados federais e 23 senadores. Em 1984, a emenda foi votada obtendo 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções, enfim, a emenda foi rejeitada por não alcançar o número mínimo de votos para a sua aprovação. Naquela época, podemos ressaltar a contribuição da cantora Fafá de Belém que abrilhantava nos comícios e passeatas cantadas de forma magistral e original o HINO NACIONAL – onde acrescento um pequeno episódio que nos aconteceu em 1978, quando estávamos entre colegas na Avenida 14 de Março, em frente ao antigo prédio do Ladário Atlético Clube e começamos a entoar o Hino Nacional de forma marota. Logo fomos abordados por um militar e nos repreendeu, dizendo que não era permitido tal desrespeito com a nação. Sem entendermos um pouco da severidade da DIDATURA, pegamos o nosso banquinho e saímos de mansinho. Afinal, tínhamos que temer, pois a repreensão era severa, ou melhor, horrível. Apesar das pressões pelo Governo, o povo e as lideranças políticas e artísticas aclamavam pelas DIRETAS JÁ. O Congresso sentindo-se pressionado resolveu escolher Tancredo Neves à presidente e a vice José Sarney, que por ironia do destino o povo brasileiro entristeceu pela perda, fatos esse que todos são sabedores. Por volta de 1.985 com aprovação da nova Constituição Federal de 1.988 realizou eleições diretas para presidente da República e outros. Foi quando eu e meu esposo Domingos Salvio envolvidos por sentimentos patrióticos engajamos no movimento político ladarense liderado naquela época por alguns membros partidários do PMDB: João Carlos Leme Ribeiro, Eder Moreira Brambilla, professor Nivaldo Ferreira da Silva, Emilio Galdino, Getulio Alves Barbosa, professor Edmilson, Demilson Guimarães, Dóro (in memoriam), dona Nininha e seu esposo Cildo, e Benedito Ribeiro Mendes (in memoriam), Carlos Ortiz, Aldo Caio, dona Ramona e senhor Estélio. Naquela época, estávamos convictos que a política teria novos rumos como: – transparência, respeito, propostas que atendessem o bem comum da comunidade, boa segurança, educação, saúde, salário digno e moradia. Na mesma época, dois nomes surgiram para o pleito eleitoral: professor Nivaldo Ferreira da Silva a prefeito e a vice Dr. Eder Moreira Brambilla, e fomos à labuta e obtivemos resultado esmagador nas urnas e sentimos o sabor da vitória. Posteriormente, vieram vários sucessores como: José Francisco Mendes Sampaio, Dr. Silvio Maciel da Cruz, professor Aldo Serra, José Francisco Mendes Sampaio, que se reelegeu por mais 4 anos e atualmente José Antonio Assad e Faria. Todos deram a sua parcela para o desenvolvimento de Ladário. Entre acertos e erros Ladário cresceu. Hoje estamos às vésperas de uma nova escolha e precisamos por na balança o que queremos de melhor, não só para agora, e sim para nossa posteridade, não podemos vacilar um segundo ao apertar a tecla, não podemos errar, devemos escolher com a razão o que queremos de melhor para a linda Pérola do Pantanal, assim encerro com a seguinte frase:

“TODO O PODER EMANA DO POVO, QUE EXERCE POR MEIO DE REPRESENTANTES ELEITOS OU DIRETAMENTE”

*Art. 1°, Paragrafo Único, da Costituição Federal de 1.988.

 

Por: Glaucia Assad Arruda