Números do comportamento do mercado de trabalho divulgados nesta terça-feira (16) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que em julho de 2011 foram gerados 1.592 empregos com carteira assinada em Mato Grosso do Sul. O montante equivale a um acréscimo de 0,36% em relação ao estoque de assalariados celetistas do mês anterior.
Este saldo é o melhor resultado para o período. O Estado aparece no balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), como um dos quatro que tiveram desempenho inédito. Os setores de atividade econômica que mais contribuíram para este resultado foram Serviços (+846 postos), Comércio (+733 postos) e Construção Civil (+484 postos).
Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos sete primeiros meses de 2011 houve acréscimo de 29.212 postos, crescimento de 6,94%. Em termos absolutos, esse desempenho é o melhor de toda a série histórica do Caged para o período.
Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses, Mato Grosso do Sul aparece com um crescimento de +6,91% no nível de emprego ou +29.095 postos de trabalho.
Brasil
Segundo dados divulgados esta tarde pelo ministro Carlos Lupi, o Brasil gerou, em julho, 140.563 novos postos de trabalho com carteira assinada. O resultado representou uma expansão de 0,38% em relação ao estoque de empregos do ano anterior.
“Todos os estados do Brasil registraram saldos positivos de emprego em julho, o que mostra que há crescimento sustentável, de acordo com as características de cada região. Sigo prevendo que serão gerados 3 milhões de empregos formais em 2011, contando celetistas e estatutários, trabalhadores de empresas privadas e servidores públicos”, afirmou o ministro.
Acumulado do ano
Entre janeiro e julho foram criados 1.593.527 empregos celetistas, equivalentes ao crescimento de 4,43% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado deste período foi o terceiro melhor na série do Caged, sendo menor apenas que os ocorridos em 2010 (1.856.143 postos) e em 2008 (1.676.687 postos).
“O mês de julho registrou recorde de admissões e desligamentos, com 1.696.863 admitidos e 1.556.300 demitidos; o que indica que o mercado de trabalho continua aquecido. Historicamente, julho não é um bom mês, pois há demissões no setor de educação e entressafra agrícola no Sul e no Sudeste”, explicou o ministro.
Setores
A expansão do emprego registrada em julho ocorreu devido a expansão dos oito setores de atividade econômica, com recorde para o mês registrado no setor de Extrativa Mineral, que abriu 2.033 novas vagas. Em números absolutos, o destaque ficou com Serviços, que criou 45.961 postos, Comércio, com 28.538 – terceiro melhor saldo para o mês, e Construção Civil, com a geração de 25.6323 postos.
A Indústria da Transformação sentiu receio por conta das notícias da crise norte-americana, mas o Governo federal já agiu a respeito e o resultado virá. E neste sentido, cada setor deve ser avaliado individualmente”, avaliou o ministro. “Agosto será bem melhor do que julho, e poderemos observar a manutenção em alta da curva de empregabilidade e confirmar que o mercado de trabalho não está desacelerando”, afirmou.
Destaque – MS
Entre as Unidades de Federação, as 27 registraram elevação do emprego, com quatro obtendo desempenho inédito: Amazonas, com a criação de 4.504 novas vagas formais, Mato Grosso do Sul, com 1.592, Amapá, com 650, e Roraima, com 148 postos.
Seguindo a tendência nacional, o setor Extrativo Mineral obteve em Mato Grosso do Sul o melhor percentual de variação relativa, de 2,45% (55 postos). Os Serviços Industriais de Utilidade Pública cresceram 1,91%; a Construção Civil 1,73%; o Comércio 0,70%; os Serviços 0,59%. Houve decréscimo em três setores: Indústria de Transformação (-0,15%), Administração Pública (-1,37%), e na Agropecuária (-0,58%).
Entre os dez municípios com mais de 30 mil habitantes, houve saldo positivo de contratações em seis, com as seguintes variações relativas: Campo Grande (0,60%), Três Lagoas (1%), Corumbá (0,81%), Coxim (0,44%), Ponta Porã (0,21%) e Paranaíba (0,13%).
Por: Da Redação