Corumbá

LEC opta por realizar Amador no estádio e impasse sobre doação prossegue

 

Durante reunião realizada na noite dessa terça-feira, 15 de agosto, a Liga de Esportes de Corumbá (LEC) manifestou publicamente a intensão de realizar seu Campeonato Amador, programado para o segundo semestre deste ano, no estádio Arthur Marinho.

Se mantida definitivamente, a decisão inviabiliza a doação da praça esportiva para a Prefeitura, que já busca parceiros para reformar a área e permitir que os jogos do Corumbaense na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro de 2018 aconteçam na cidade.

“Sem esse acordo de doação da LEC para o Executivo municipal, podemos optar por organizar e promover nosso próprio Campeonato Amador Principal da Funec”, afirmou o vice-prefeito e diretor-presidente da Fundação de Esportes de Corumbá (Funec), Marcelo Iunes, que participou da reunião, manifestou preocupação com a manutenção da principal praça esportiva da região.

“Estamos preocupados com o que pode acontecer no futuro. A manutenção do Arthur Marinho não é barata e, com o fim do convênio, seremos obrigados pela Legislação vigente a retirar todas as benfeitorias que a Prefeitura fez no local nos últimos anos. Isso inclui cadeiras, placar eletrônico, carrinho-maca, cortador de grama e outros pertences”, explicou Iunes.

O diretor-presidente da Fundação de Esportes de Corumbá reforçou ainda que a Prefeitura segue com interesse de receber o estádio em definitivo. Somente com a doação do espaço, o Poder Executivo terá condições de reformar, ampliar e continuar cuidando do estádio. “Sendo o estádio uma área particular, não podemos aplicar dinheiro público ali”, concluiu Marcelo Iunes.

Arthur Marinho

Desde antes da final do Campeonato Estadual de Futebol, quando o Corumbaense conquistou o título e as vagas nas competições nacionais para o ano que vem, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira já buscava apoio das bancadas Estadual e Federal para assegurar as adequações necessárias no estádio Arthur Marinho.

Mas, para que esses valores pudessem ser investidos no local, o estádio precisava necessariamente ser doado à Prefeitura, uma vez que a legislação não permite a destinação de emendas parlamentares para prédios ou áreas particulares.

“Sozinha, sem parceiros, a Prefeitura hoje não tem condições de realizar todas as adequações necessárias. A crise econômica tem afetado o País inteiro, principalmente os municípios, e reduzido muito as receitas”, salientou o prefeito na época, acrescentando: “Por isso não temos todos os recursos necessários para essas obras e dependemos de apoio federal e estadual para que os jogos do nosso Carijó não tenham de ir para outra cidade, o que não faria nenhum sentido.” (Assessoria de Comunicação da PMC)