Corumbá

Deputados destacam iniciativa de Corumbá em suspender pesca do dourado

 

Participando da solenidade de sanção da lei que restringiu a pesca do dourado pelo período de 10 anos, nos limites territoriais de Corumbá, os deputados estaduais Beto Pereira e Rinaldo Modesto – ambos do PSDB – destacaram a iniciativa do prefeito Ruiter Cunha e Oliveira, em conjunto com a Câmara Municipal, em estabelecer a moratória da captura daquela espécie de peixe.

“Parabenizo Corumbá pelo protagonismo da lei. Primeiro, aquela de 2012 pelo prazo legal de cinco anos e agora essa nova iniciativa de lei por 10 anos de moratória da pesca do dourado, contribuindo e muito com o ecossistema pantaneiro e dando um recado ao Mato Grosso do Sul e para o Brasil de sua preocupação constitucional com o meio ambiente. Parabenizo o prefeito Ruiter Cunha pela iniciativa e a Câmara de Vereadores pela sensibilidade que teve diante de um tema tão delicado. Não tenho dúvidas que Corumbá está fazendo história com essa ação”, afirmou o deputado Beto Pereira.

O parlamentar teve rejeitado, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, projeto de lei que previa a proibição da pesca do dourado em rios de Mato Grosso do Sul, por oito anos. “Tivemos um duro embate e por força de um voto tivemos rejeitado o projeto. Mas, levaremos essa iniciativa de Corumbá e em breve estaremos discutindo uma nova iniciativa de lei. Temos de restringir pesca no estado, senão iremos padecer da falta de pescado”, afirmou o deputado estadual. Em 2012, a lei de proibição da pesca do dourado foi iniciativa da segunda administração do prefeito Ruiter Cunha.

Rinaldo Modesto, mais conhecido por Professor Rinaldo, afirmou que a população corumbaense é a mais beneficiada com a medida. “Parabenizo a iniciativa. Há uma tendência mundial de termos a pesca esportiva com pesque e solte. É uma forma de preservarmos essa espécie importante que é o dourado. A restrição é fundamental para atrairmos cada vez mais turístas. O meio ambiente ganha sim, mas quem ganha mais é a população e consequentemente a economia corumbaense”.

Autor do projeto de lei municipal, o vereador Rufo Vinagre (PR) exaltou a sanção. “Foi um projeto, que agora virou lei, com um cunho social muito grande. Essa discussão foi levantada inicialmente em 2009. Definimos o prazo de 10 anos porque a cada ciclo de três anos o peixe deixa a cota dele depositada no rio. Num período de cinco anos, a desova é suspeita no primeiro e último anos. Somos o primeiro município do Brasil a desenvolver esse trabalho estudando um peixe topo de cadeia alimentar. Fizemos essa lei, temos de continuar, foi um grande benefício para a cidade e o estado”, finalizou.