Ladário (MS) – Uma das manifestações culturais mais autênticas do Pantanal, que nasceu dentro da planície depois do tombamento de uma Chimbuva, do beneficiamento de seu tronco e de sua sonoridade extraída com a tripa do macaco bugio. Se tinha a viola de cocho, para tocar o cururu, contando histórias épicas e folclóricas, tinha que ter o grupo para dançar e coreografar essas histórias. Foi então que nasceu o Siriri – a dança do Cururu.
O objetivo é não deixar morrer a tradição. O modo de fazer a Viola de Cocho é registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no Livro dos Saberes, com o título de Patrimônio Imaterial Brasileiro, e onde já consta menção ao complexo musical, coreográfico e poético, associado ao cururu e siriri. Mas agora, é a vez de incentivar ainda mais o Siriri, dança registrada como secular nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que pode ser similar ao flamingo gaúcho.
Com o compromisso de manter essa tradição, da raiz do Pantanal, a Fundação de Cultura de Ladário vai fazer uma oficina para formar um grupo de danças regionais, entre elas o Siriri. As inscrições podem ser feitas na própria fundação, no período da manhã, até o dia 31 de março. Não há nenhum tipo de exigência, basta gostar de dança e ter mais de 16 anos.
Os alunos que participarem da oficina estarão escalados para apresentações culturais regionais, inclusive para representar o município de Ladário. E por mais que o Siriri seja pantaneiro, sua origem é europeia, da Espanhola, ou de Portugal, e a maioria de suas coreografias, lembra as brincadeiras indígenas.
Siriri é uma dança fácil de dançar, acompanha o ritmo batidão do Cururu, tocado na viola de cocho, no ganzá e no mocho. As letras da música vão rebuscar na alma as boas e velhas histórias do Pantanal, a maioria da antiga, ainda de uma época em que se viviam grandes aventuras, grandes desafios e grandes amores na maior planície inundável do mundo. (Assessoria de Imprensa-PML)
Por: Da Redação