Em Corumbá, governador Reinaldo conhece estudos do corredor ferroviário Santos-Peru
O projeto do corredor bioceânico ferroviário ligando Santos (SP) a Ilo (Peru) foi apresentado pelas autoridades da Bolívia ao governador Reinaldo Azambuja, em reunião realizada nesta segunda-feira (13), em Corumbá. “É a melhor alternativa”, disse Azambuja, entusiasmado com a proposta.
O novo corredor terá 3.700 quilômetros, dos quais mais de 80% já implantados, e a grande vantagem do projeto boliviano, segundo o governador, é a possibilidade concreta de uma integração comercial com o Paraguai, país com o qual o Estado já tem uma forte relação, e Argentina e Chile, cujos países se unem a esta malha por meio de ramais já em operação. Para unir Santos a Ilo ainda faltam 200 km de ferrovia dentro do território boliviano.
“Entendemos que de todas as alternativas de corredores bioceânicos em discussão, este apresentado pela Bolívia é o mais viável, até pela infraestrutura já existente e a interconexão com vários países. É o futuro da integração da América Latina”, analisou o governador Reinaldo Azambuja. “Além do mais – completou, não teríamos passivos ambientais, como no Corredor do Norte, que atravessaria toda a Amazônia, e os investimentos seriam menores”.
Competitividade
Para o governador, a proposta boliviana, que já tem a anuência do Paraguai, Argentina e Peru, proporciona “viabilidade total” e consolida, de fato, a integração do continente – além de encurtar em dias e milhas náuticas o transporte da produção do Estado e nacional, hoje canalizada nos portos de Santos e Paranaguá, via Oceano Pacífico. “Ganharemos mais competitividade e parte desse corredor já pode ser usado para exportar e importar”, disse.
A reunião para apresentar o projeto ao governador durou duas horas e foi realizada no gabinete do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, com a presença do representante do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro e do ministro boliviano Milton Carlos Hinjosa, de Obras Públicas, Serviços e Habitação, da Bolívia. O governo da Bolívia pede formalmente, por meio de Mato Grosso do Sul, a adesão do Brasil à iniciativa. (Silvio Andrade – Subcom)
Por: Da Redação