O Moinho Cultural encerrou neste sábado, 4 de fevereiro, a avaliação dos novos alunos inscritos para as turmas matutino e vespertino de 2017. Neste ano, o Moinho pretende manter 280 crianças, adolescentes e jovens de Corumbá, Ladário e das cidades bolivianas da fronteira, Puerto Quijarro e Puerto Suarez, em aulas de dança, música, cidadania, tecnologia, idiomas e apoio escolar.
Serão dez alunos a mais do que no ano passado, segundo o coordenador geral do Moinho, José Roberto dos Santos Júnior, o Beto. “A novidade é que neste ano aceitamos crianças dos seis aos dez anos, levando em conta que este é melhor período para moldar (no ano passado a faixa era dos oito aos dez anos)”, ressaltou Beto. Os resultados serão divulgados na próxima semana. Estão inscritos 200 estudantes para as 40 vagas abertas.
Entre as inscritas está a pequena Beatriz de Almeida, de seis anos, nome e sobrenome de dançarina. A mãe dela, Nathalia Magalhães, vê no Instituto Moinho Cultural um caminho para a realização de sonhos para os filhos. Prevendo que dentro de alguns anos a filha Beatriz possa se tornar uma bailarina, ela a inscreveu para tentar uma das 40 vagas abertas neste ano para novos alunos. “O nome dela é Beatriz em homenagem à grande bailarina brasileira, e o Almeida é uma coincidência, é o sobrenome do pai dela”, contou Nathalia, referindo-se a Beatriz de Almeida, dançarina consagrada internacionalmente e ex-presidente do Moinho com destacado desempenho como coreógrafa de várias edições do Moinho in Concert.
A pequena Beatriz, aluna da Escola Municipal Caic, de Corumbá, tem boa desenvoltura, gosta de cantar e tem tudo para se adaptar ao Moinho, avalia a mãe. Nathalia vê a filha como sua sucessora. “Entrei no Moinho aos 12 anos e meu irmão, que hoje faz Faculdade Adventista de Música em Campinas, também esteve aqui durante cinco anos”, afirmou.
Da mesma forma, a comerciante Jucilene Pereira, moradora do bairro Aeroporto, pretende abrir uma nova porta para o filho Vitor, de oito anos. “Ele gosta muito de dançar, vai ser muito mais seguro aprender boas maneiras no Moinho do que brincar na rua”, afirmou a mãe.
Oficina “A descolonização do corpo”
O boliviano Iván Nogales coordena nestes dias 6 e 7 de fevereiro, no Moinho Cultural, a Oficina “A descolonização do corpo”, que já fizera sucesso no Festival América do Sul, em novembro. Expor os sentidos e horizontes teóricos e metodológicos de uma experiência teatral na Bolívia, com diálogo e intercâmbio de experiências a partir de uma modalidade discursiva, nascida de corpos andinos – é a base da oficina. E neste domingo, 5 de fevereiro, Nogales lança seu livro às 17h no Espaço Motirô, no Moinho. O investimento da oficina é de R$ 20 e as inscrições devem ser feitas no Moinho Cultural. (Assessoria Moinho)
Por: Da Redação