Com apoio do Exército e Marinha, Ladário dá início ao mutirão de prevenção contra Dengue e febre Chikungunya
Um mutirão de orientação e prevenção à dengue e à febre Chikungunya teve início na manhã desta segunda-feira, 15 de novembro. A mobilização que é uma iniciativa do município por meio da Secretaria de Saúde em parceria com a Marinha e o Exército, conta com o apoio de militares, agentes comunitários e de endemias que irão percorrer o Centro e bairros da cidade até sexta-feira, 19 de dezembro.
“A população precisa se conscientizar que este é um trabalho conjunto, não adianta o poder público realizar as ações, fazer campanhas educativas, se alguns moradores não se atentam para os perigos dessas doenças e dificultam o combate e prevenção, que por sinal é o nosso melhor remédio. Eles também fazem parte desta força tarefa”, enfatizou o Secretário de Saúde Cléber Colleone.
O mutirão tem o intuito de recolher materiais como garrafas pet e de vidro, latas, pneus e até mesmo sofás, fogões e geladeiras, que servem como criadouros para o mosquito da dengue. Todos os materiais são recolhidos pela equipe, que além de realizar a limpeza, repassa todas as informações necessárias para que a população fique atenta sobre a doença.
Este é o último e terceiro mutirão do ano. Outros foram realizados ao longo deste ano, porém, já pensando em 2015. O último Índice de Infestação Predial (IIP), equivalente ao LIRAA do Município, apontou índice de infestação do mosquito de 0,5%, abaixo do que o Ministério da Saúde recomenda, que é 1%.
Ao todo, o município registrou 129 notificações de dengue com 12 casos confirmados da doença, ao longo de 2014. Os números correspondem à semana 1 a 50.
Já outra doença que está chegando pouco a pouco na região e que também exige uma atenção redobrada, é a da febre chikungunya, que é transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus. A infecção pelo Chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue. Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos.
“Mesmo sendo ainda desconhecida pela população, é necessário atenção redobrado, até o momento não tivemos nenhum caso suspeito da febre chikungunya, por isso é de extrema importância que a população se atente nas orientações e que também participem junto ao nosso mutirão”, disse o secretário.
Velho problema
Outra preocupação do município, além dos terrenos baldios e que se torna a principal causa dos focos do mosquito da dengue, é a constante falta de água nos bairros, onde para tentar amenizar essa situação, os moradores acabam estocando água em reservatórios que servem em sua maioria, como criadouro do Aedes Aegypti.
“Essa é uma das nossas principais preocupações, apesar da nossa equipe estar levando a informação até os moradores, esse sem dúvida alguma, é um risco. De cada 10 focos, podemos encontrar 09 nesses recipientes utilizados como criadouros do mosquito, que é doméstico, por isso, a importância de manter os quintais limpos e ficarmos atentos as dicas repassadas pelos nossos agentes de Saúde durante as suas visitas”, frisou Colleone.
Por: Da Redação
