Ladário

Palestrante reforça negritude com tema “Cabelo ruim não! Cabelo crespo: A identidade e negritude nas praticas educativas”

 

Pra celebrar o dia da consciência negra e os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, lembrado em todo o território nacional, o município de Ladário, por meio da Casa da Cidadania e Inclusão Social, Superintendência de Politicas Públicas para as mulheres e da Gerencia de Promoção da Igualdade Racial, promoveu uma palestra com o tema “Cabelo ruim não! Cabelo crespo: A identidade e negritude nas praticas educativas”.

O palco para receber a palestra, ministrada pelo Professor do Instituto Federal de Educação e Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Leandro Passos, foi a sede do antigo Cine Ladário, localizado na Avenida 14 de Março. Conforme Leandro, apesar de engraçado, o nome intitulado a palestra serve como forma de motivação.

“O nome foi proposital, onde busco reforçar a reflexão da identidade do negro, ou seja, fazendo com que a pessoa se aceite da forma que ela é, buscando seu lugar dentro da sociedade. Quando o próprio negro se conhece, ele começa a pensar na negritude, sentido orgulho, como exemplo, o seu próprio cabelo”, explicou Passos.

Ainda conforme ele, tanto em Ladário como Corumbá, são regiões que se preocupam em reforçar e colocar em pratica a cultura afro-brasileira, o que é de suma importância, pois ajuda a mostrar os valores da negritude.

“Nesse pouco tempo que estou na região, observei que existe uma grande preocupação em relação a isso. Percebi um número significativo voltado a essas políticas públicas, como a questão de mulheres negras, Centro de Umbandas, entre outras. Essa região pelo seu tamanho, tem politicas mais atuantes do que cidades de maiores portes”, disse o palestrante.

Já o gerente da Promoção de Igualdade Racial José Raimundo Barros, mais conhecido como “Bahia”, destacou a importância do encontro, onde na oportunidade lembrou da contribuição que o negro deu para a sociedade brasileira e para o mundo.

“É uma pena que até os dias de hoje, tenhamos que lutar dia-a-dia e estar sensibilizando as pessoas para combater a discriminação entre as pessoas. São mais de 500 anos de história, porém com o mesmo tema.”, indagou.

Participaram da palestra a primeira dama e Secretária especial de políticas sociais e cidadania Gisele Maria Saab Assad Faria; a gerente da Casa da Cidadania e Justiça e Inclusão Social Jane Contu; Superintendente de Politicas Públicas para as Mulheres Creuza Elizabeth da Matta; Defensora Pública Maria Clara Porfírio e alunos do SENAC e Escolas de Ladário.

Entenda os 16 dias

A Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher começou na terça-feira (25), com o objetivo de promover o debate e denunciar a violência contra as mulheres. Atualmente mais de 10 países participam da campanha, incluindo o Brasil, que terminará no dia 10 de dezembro, comemorando o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, teve início em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL/EUA), começaram a campanha.

 

Por: Da Redação