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PMDB perdeu cargos mais importantes no Estado e crise sem fim volta a ameaçar

 

O PMDB tinha há dois anos o comando dos cargos mais importantes de Mato Grosso do Sul: Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande. Passadas duas eleições, o partido acumulou derrotas, viu suas lideranças tomar caminhos opostos e perdeu os dois comandos, mesmo com os administradores saindo do governo com boa avaliação.

“Tivemos duas derrotas e com a máquina na mão. Foram duas eleições que não conseguimos fazer o sucessor, nem no município de Campo Grande e nem no Estado, e todos com aprovação acima de 80%. É preciso rever conceitos. Goela abaixo não vai”, analisou o vereador Paulo Siufi (PMDB).

A reclamação do vereador coincide com a insatisfação de vários correligionários, em uma crise que começou na disputa pela Capital, quando Edson Giroto foi para o PMDB para ser o candidato apoiado pelo governador, André Puccinelli (PMDB).

Correligionários não aprovaram a imposição do nome e fizeram corpo mole na campanha. Levaram o PMDB a perder a prefeitura após mais de 20 anos de hegemonia.

Com a derrota, o partido buscou se organizar melhor, evitando deixar a escolha para última hora, mas não conseguiu evitar novo racha. Nelsinho Trad não era o preferido de muitos no partido, que novamente saiu rachado para disputa.

Desta vez, coube a André Puccinelli a fama de não ajudar Nelsinho, avaliada por muitos como uma vingança pelo pouco caso na campanha de Edson Giroto. Mesmo com a máquina na mão, o PMDB também perdeu o governo, não chegando sequer ao segundo turno.

Findada a eleição de 2014, o partido conseguiu eleger um senador, seis deputados estaduais e dois deputados federais, perdendo duas vagas na Câmara Federal. O resultado pode até parecer bom, não fosse o futuro que prevê nova crise na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. Lideranças consideradas fortes para a disputa já estão anunciando a saída do partido.

Marquinhos Trad (PMDB) foi o primeiro a avisar que está de saída. O deputado, mais votado na eleição, disse que não tem espaço no partido e que vai procurar outra legenda. Ele deve ter a companhia do primo, Paulo Siufi, que também não está disposto a ficar no partido, por entender que também não tem espaço.

Sem Marquinhos, o PMDB fica com poucos interessados na disputa pela prefeitura. Carlos Marun (PMDB) foi um que declarou interesse.

Além do deputado federal eleito, o partido conta com Nelsinho Trad (PMDB), que neste caso teria que enfrentar o irmão. André Puccinelli também é lembrado para a disputa, mas vive repetindo que não vai tentar um retorno à prefeitura.

Diferente de outros anos, quando candidatos brigavam por uma vaga, desta vez o PMDB sofre para encontrar um nome capaz de vencer a aparente rejeição que o partido sofre nas urnas e a briga entre correligionários, que diminuiu a força do partido durante o comando mais efetivo de Puccinelli.

”Quero ver como vai ficar a legenda do PMDB sem puxador de votos. Eu fiz 11.500 votos e ajudei bastante”, declarou o vereador Paulo Siufi. Ele avalia que o partido precisa sentar e rever conceitos para não sofrer outras derrotas. (Midiamax)

 

Por: Da Redação