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PF começa a desmantelar criadores de Fakes em MS

 

Eletrônicos foram apreendidos a mando da Justiça Eleitoral (Foto: Marcos Ermínio)
Delegados Marcelo Alexandrino e Dante Lemos participaram de entrevista coletiva (Foto: Marcos Ermínio)

O serviço de linchamento virtual a candidatos, preferencialmente os que disputava o governo do Estado, teve como protagonista de simpatizantes a pessoas que receberam R$ 6 mil.

Nesta terça-feira (18), a operação “Face to Fake”, que investiga o uso de perfis falsos, cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, sendo dois em produtoras responsáveis por edição e montagem de materiais para páginas. Uma empresa fica localizada na rua Antônio Maria Coelho e a segunda no bairro Moreninhas. Outras três ordens de busca foram cumpridas pela PF (Polícia Federal) em Dourados e Bonito.

De acordo com o titular da Delegacia de Defesa Institucional, Dante Pegoraro Lemos,foram identificadas entre 10 e 20 pessoas, após análise de 60 perfis e 35 comunidades no Facebook, sendo alguns cadastrados em nome de um mesmo usuário. Além de ofensas aos então postulantes ao governo – Reinaldo Azambuja (PSDB), Delcídio Amaral (PT) e Nelsinho Trad (PMDB)-, são apuradas ações contra candidatos a deputado estadual e federal.

Segundo o delegado adjunto Marcelo Alexandrino de Oliveira, os perfis vão desde simpatizantes dos candidatos até pessoas que receberam pagamento entre R$ 4 mil e R$ 6 mil para veicular ofensas na internet.

A operação apreendeu tablets, celulares, notebooks, HDs (disco rígido) e dispositivos de armazenamentos. Os eletrônicos serão utilizados como provas dos acessos. A investigação será fiscalizada até dezembro, quando os responsáveis serão indiciados.

As pessoas deverão responder por crimes de calúnia, difamação, injúria eleitoral e um crime eleitoral.

Conforme a TSE (Tribunal Superior Eleitoral), “a contratação direta ou indireta de grupo de pessoas com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligação”.

Quem contratar colaboradores com essa finalidade poderá ser punido com detenção de dois a quatro anos e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil. Já as pessoas que forem contratadas também incorrerão em crime e poderão ser punidas com detenção de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Em caso de condenação mínima, a pena pode prescrever em três anos.

Os 18 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz da 36ª Zona Eleitoral de Campo Grande. Cerca de 80 policiais participam da operação. (CG News)

 

Por: Da Redação