Estado

Moka teme impacto negativo do câmbio em Mato Grosso do Sul

 

O senador Waldemir Moka (PMDB) disse nesta quarta-feira (18), durante pronunciamento na tribuna do Senado, que a desvalorização do dólar frente ao real poderá inviabilizar o comércio de municípios de Mato Grosso do Sul localizados nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia.

O senador disse que, por conta dessa preocupação, será realizado um congresso em Ponta Porã, organizado pela Federação do Comércio do Mato Grosso do Sul para debater a questão cambial. O evento ocorrerá nesta quinta-feira (19).

Segundo ele, a desvalorização da moeda americana faz com que o comércio do Mato Grosso do Sul tenha que concorrer com preços “absolutamente desleais”, pois o estado faz fronteira seca com o Paraguai e a Bolívia, e o consumidor brasileiro precisa apenas atravessar uma rua para comprar em outro país.

– O objetivo da Federação do Comércio é discutir alternativas, políticas públicas, encaminhar soluções, para que possamos revitalizar e revigorar as fronteiras. Em especial, o Mato Grosso do Sul – afirmou.

Fronteiras

Moka assinalou que o estado abrange uma extensa região e tem grandes problemas, que vão desde a desvalorização do dólar até o tráfico de drogas. Ele defendeu aumento do efetivo e da estrutura da Polícia Federal nas fronteiras, para atuar de maneira mais eficiente na repressão ao crime organizado.

O senador também defendeu a criação de políticas públicas que tratem de maneira especial as regiões de fronteira para oferecer alternativas aos jovens que não seja o crime. Ele disse que é grande o número de jovens presos que atuavam como “mulas” no tráfico, transportando pequenas quantidades de droga.

– E é fácil explicar isso, um jovem que está ali na região de fronteira, ali com toda a dificuldade, de repente, vê um outro jovem da idade dele pilotando uma grande motocicleta e aí fica pensando. E aquele jovem aparece, de repente, com muito dinheiro, e é claro que isso acaba chamando a atenção de forma, infelizmente, ruim. E é assim que começam as coisas – lamentou. (Informações da Assessoria com Agência Senado)

 

Por: Da Redação