Estado

Longen anuncia ações para ampliar defesa da indústria e oferta de serviços e cursos do Sesi e Senai

 

A nova Diretoria da Fiems para o quadriênio 2011/2015 foi empossada durante cerimônia na Casa da Indústria

Ao ser empossado para mais quatro anos à frente do Sistema Fiems durante cerimônia realizada na noite de ontem (30/05) no auditório térreo do Edifício Casa da Indústria, o empresário Sérgio Longen destacou que a nova Diretoria está pronta para vencer novos desafios e, para isso, está trabalhando em propostas relevantes, como a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes, fortalecimento da educação à distância e educação básica nos municípios e melhorias para os trabalhadores da indústria com ações de saúde e segurança no trabalho, além das requalificações dos industriários.

“Também propomos uma nova política industrial com a revisão dos incentivos fiscais, elaboração e execução de um plano estadual de logística integrada e revisão tributária que contemple também as pequenas e médias empresas industriais”, disse Sérgio Longen, anunciando a implantação dos centros tecnológicos de alta performance de setores estratégicos, como o biocombustível e de celulose e papel. “A nossa indústria ativa permanece plena de potencialidades e cada vez mais forte. A força da indústria é a base para o nosso desenvolvimento. Conto com o apoio de todos neste novo mandato”, reforçou.

Ele também pontuou que o atendimento às demandas das indústrias é plataforma sobre a qual está sustentada a estrutura do Sistema Fiems, apoio estratégico à produção nos diversos cenários Brasil afora. “Impulso decisivo para aumentar e, em muitos casos, fazer surgir a competitividade e a saudável concorrência. Ajudar a indústria a crescer é ajudar o Brasil e Mato Grosso do Sul a crescerem juntos. Mais importante ainda, é contribuir para a evolução das pessoas, oferecendo novas oportunidades, mais empregos e aumento de renda. É edificar nos municípios o pilar da sustentabilidade e a certeza do crescimento ordenado”, discursou.

Ao lembrar da marca de gestão Indústria Ativa, que hoje é o símbolo da presença do Sistema Fiems nos municípios, o presidente ressaltou que a força da indústria é uma realidade evidenciada pela geração de 121 mil empregos por um total de 9.746 estabelecimentos industriais. “Ano passado, o volume de exportações de produtos industrializados no Estado chegou a US$ 2,1 bilhões. É um vigoroso desempenho que, de um lado comprova a definitiva diversificação da nossa matriz econômica e, de outro, indica que estamos no caminho certo ao oferecer e manter apoio integral às indústrias já instaladas e diferenciais para atrair novos investimentos”, finalizou, enumerando os projetos pioneiros adotados durante os primeiros quatros anos na Presidência da entidade, com as 30 bibliotecas da Indústria do Conhecimento do Sesi em 26 cidades, o Cine Sesi Cultural, Fábrica Verde e Em Nome das Cidades, a Meia-Maratona Internacional Volta das Nações, a implantação da Rede LabSenai de Laboratórios e o Programa IEL de Qualificação de Fornecedores.

Parceiros

Presente à cerimônia de posse da nova Diretoria da Fiems, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou que, ao vir a Mato Grosso do Sul, foi possível constatar, de perto, a força econômica do Estado, que é fruto, não só do seu grande potencial econômico, mas, igualmente, da capacidade empreendedora e da criatividade das suas lideranças empresariais, aqui maciçamente representadas. “A participação da Fiems no processo de desenvolvimento sócio-econômico do Estado tem sido expressiva, especialmente pela sua forte atuação na mobilização de novos investimentos e pela sua contribuição à formulação de políticas públicas voltadas para o progresso e para a promoção social”, disse.

Ele reforçou que, à frente da Federação, Sérgio Longen revelou-se um dedicado e criativo administrador, conduzindo o Sistema Indústria do Estado a elevado patamar técnico de eficiência operacional, marcando sua gestão com inúmeras iniciativas em favor do desenvolvimento industrial estadual, a par do incremento dos serviços prestados pelo Sesi, Senai e IEL. “Agora, nesse segundo mandato, o grande desafio do presidente da Fiems e também de todo o Sistema Indústria do País é a melhoria da competitividade brasileira. O Brasil passou por importantes mudanças, com superação dos problemas crônicos que tanto dificultavam o nosso progresso, como a inflação persistente ou a recorrente incapacidade de arcar com os compromissos do endividamento externo, mas, há reformas inconclusas que precisamos avançar, a exemplo da tributária, trabalhista, previdenciária e a política, que são fundamentais para o aumento da competitividade e criarmos condições para o crescimento sustentável”, enumerou.

Robson Braga pontuou que os sinais de recuperação da economia mundial não nos devem levar a ignorar as transformações e as crises localizadas de proporções importantes, como de países europeus e do Japão, que ainda por bom tempo estarão a modificar o panorama internacional. “Nesse novo quadro mundial, competitividade é a questão chave. Existe uma grande distância entre a competitividade nacional e a dos países desenvolvidos. O tamanho desse fosso não é de todo um mal, pois mostra que o País pode crescer a taxas muito mais elevadas e a um custo relativamente baixo, bastando para isso aumentar a sua competitividade”, disse.

Já o governador André Puccinelli aproveitou para ressaltar, em seu discurso, que a reforma tributária não ocorrerá se não forem feitas alterações. “Iniciamos uma desoneração ainda gradual na avaliação do setor produtivo, porém, queremos fazer muito mais. Além disso, nos últimos anos, os incentivos fiscais foram aumentando para que o Estado tivesse um diferencial de outras Unidades da Federal e, assim, sobrevivesse”, relembrou, completando que, na eventualidade de a guerra fiscal terminar, caso não se tenha compensação, o Centro-Oeste vai sucumbir. “É necessária a reforma tributária, mas, a União precisa equalizar, melhorando a distribuição de recursos federais, pois, sem os incentivos fiscais, nenhum investimento virá mais para Mato Grosso do Sul”, previu.

 

Por: Da Redação