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Exportações de industrializados crescem 47,4% no 1º semestre em MS

O destaque no período é para o grupo do “Complexo Carne”, que soma receita de US$ 377,3 milhões

 

O destaque no período é para o grupo do “Complexo Carne”, que soma receita de US$ 377,3 milhões

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul no 1º semestre deste ano aumentaram em 47,4% com relação ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 866,7 milhões para US$ 1,28 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com o registro de crescimento das vendas ao exterior mês após mês, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, projeta que, ao fim deste ano, a receita deve alcançar US$ 2,56 bilhões, superando os US$ 2,1 bilhões obtidos no ano passado pelo setor industrial do Estado.

Ainda segundo o levantamento do Radar da Fiems, a receita do setor industrial manteve o percentual de 70% sobre tudo que foi exportado por Mato Grosso do Sul nos cinco primeiros meses deste ano. Vale ressaltar que a receita obtida somente com a exportação de industrializados em 2011, US$ 1,28 bilhão, é maior que as exportações totais realizadas em igual período de 2010, quando as vendas externas de Mato Grosso do Sul, incluindo todas as categorias de produtos, proporcionou uma receita igual a US$ 1,27 bilhão.

Na avaliação apenas da receita obtida no mês de junho, quando as vendas externas de industrializados alcançaram US$ 270,6 milhões, o crescimento com relação ao mesmo período do ano passado foi de 27,9%, quando o valor foi de US$ 211,5 milhões. Quanto à participação relativa, no mês, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 73,5% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul.

Além disso, a receita de US$ 270,6 milhões de junho de 2011 se consolida como o melhor resultado mensal já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul, ficando à frente dos meses de maio de 2011 e agosto de 2010, que eram os melhores até então, com valores de US$ 267,4 e US$ 233,9 milhões, respectivamente. Por fim, quando se considera somente o resultado de igual mês ao longo da série, verifica-se que, junho de 2011, registrou a 20ª quebra consecutiva de recorde nesse comparativo.

Já com relação ao volume as exportações de industrializados nos primeiros seis meses deste ano somaram 3,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 21,9% em relação à igual período de 2010, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 3,14 milhão de toneladas de produtos industrializados. No mês de junho, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 812 mil toneladas, indicando, deste modo, um crescimento de 41,2%, em volume, sobre igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 575,1 mil toneladas.

Principais grupos

No 1º semestre deste ano, os principais destaques são os grupos “Complexo Carne”, “Extrativo Mineral”, “Papel e Celulose”, “Açúcar e Álcool” e “Óleos vegetais”. O desempenho do “Complexo Carne” segue sustentado, sobretudo, pela elevação ocorrida nas vendas de pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas, carnes secas e salgadas de outros animais, outras carnes de suínos congeladas, carnes congeladas de galos e galinhas cortados em pedaços e outras miudezas comestíveis de bovinos congeladas, que proporcionaram um acréscimo, em receita, no comparativo com 2010, equivalente a US$ 36,2, US$ 8,6, US$ 7,8, US$ 5,3 e US$ 4,5 milhões, respectivamente.

Já no grupo “Extrativo Mineral”, o valor alcançado, no ano, ficou em US$ 276,7 milhões com destaque para a elevação ocorrida nas exportações de minérios de ferro em bruto, que até o momento, totalizaram US$ 271,9 milhões ou 98,3% da receita total. Resultando, deste modo, em uma receita 108,5% maior que a obtida em igual intervalo de 2010, mesmo com uma expansão, em volume, na mesma comparação, de somente 10,1%, sendo que, em valores absolutos, o ganho, em receita, supera os US$ 143,9 milhões.

Quanto às exportações do grupo “Papel e Celulose” o destaque, naturalmente, continua por conta da pasta química de madeira semibranqueada (celulose), que, até agora, em 2011, registrou uma receita de exportação equivalente a US$ 206,1 milhões ou 90,8% da receita total do grupo. Quando comparado com igual período de 2010, houve um crescimento nominal de 39% na receita obtida com o produto. Ainda em relação ao grupo, outro destaque foi observado nas vendas de papel fibra 150g/m², que somaram, até agora, o equivalente a US$ 19 milhões ou 8,4% do total, proporcionando, na mesma comparação, uma receita 120% maior.

No grupo “Açúcar e Álcool”, no acumulado do ano, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 223,5 milhões, indicando, sobre 2010, um crescimento nominal de 158% na receita, resultando em um valor adicional de US$ 136,9 milhões. Já em volume, na mesma comparação, a variação foi de 111%, aumento superior a 242 mil toneladas. Já o grupo “Óleos Vegetais” gerou, em 2011, uma receita de exportação equivalente a US$ 48,5 milhões, apontando um crescimento nominal de 79% sobre igual período de 2010, quando a receita total foi igual a US$ 27,1 milhões.

Em relação ao volume, na mesma comparação, o crescimento foi da ordem de 20,1%, alcançando um volume total superior a 6,5 mil toneladas. O destaque ficou por conta das vendas de Óleo de soja bruto, mesmo degomado com US$ 44,8 milhões, representando 92,4% da receita total do grupo. Proporcionando, em comparação ao mesmo período de 2010, uma receita e volume adicionais da ordem de US$ 21,7 milhões.

 

Por: Da Redação